Agricultor familiar mostra que é possível produzir muito em um pequeno espaço de terra

Produção de hortaliças, legumes, frango, ovos, leite, suínos e peixes rende R$ 10 mil por mês ao produtor de Mato Grosso do Sul

Fonte: Fernando Cravinho/Sead

Em uma propriedade localizada no assentamento Primavera, no município de Taquarussu (MS), cerca de 330 km de distância de Campo Grande, o agricultor familiar Claudio Sales, 53, é exemplo na comunidade onde mora. Ele mostra como produzir muito em um pequeno espaço de terra.
Foram nove anos de trabalho para conseguir a sua propriedade rural, proporcionada através do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). Em apenas 3,66 hectares, o agricultor, com ajuda da família, produz hortaliças, legumes, frango, ovos e leite. Claudio também aposta em uma pequena criação de suínos e em um tanque experimental de peixes.   
A produção é comercializada por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), nas feiras livres, nas lanchonetes, em restaurantes e até pelo Facebook. “Isso foi ideia da minha mulher, Ana Claudia. Com a ajuda da internet, foi possível aumentar a venda de frangos. Não estamos conseguindo nem atender a todos que querem”, afirma o agricultor.

Esforço familiar e lucro
 
A aquisição de crédito pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foi essencial, diz Sales. “Com o financiamento de R$ 25 mil, foi possível investir no poço semi-artesiano, na compra de uma caixa para ajudar na irrigação, na assistência técnica e na aquisição de uma parte do sombreado.”
Os agricultores familiares da associação de Primavera também contam com assistência técnica e o apoio da equipe da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário do Mato Grosso do Sul (DFDA-MS). Hoje, com uma renda líquida de R$ 10 mil mensais, Sales vive e produz em sua propriedade ao lado da esposa e dos filhos Matheus Henrique, Lucas e Caíque.
Exemplo de garra e superação, o agricultor diz que é preciso acreditar. “Comercializar é simplesmente não ter a vergonha de vender aquilo que tem. O produtor tem que parar de ter vergonha e começar a ter orgulho daquilo que faz. Porque tem muitos que comem e poucos que plantam. Tem que acreditar. Esse é o conselho.”