O produtor rural Allan Delfino, cultiva soja, milho e feijão em Sorocaba, no interior de São Paulo. Ele é arrendatário de sete propriedades rurais, mas não é dono de nenhuma. Delfino não tem condições de adquirir as terras, pois teria que gastar muito dinheiro.
– Por ser um centro urbano, as áreas são muito caras. Não compensa comprar área para plantar. Para comprar tem que partir mais para uma área rural, mais distante dos centros urbanos, das metrópoles, para uma área mais acessível – diz o produtor.
Segundo pesquisa da consultoria, as terras mais valorizadas do Brasil estão em Santa Catarina. O hectare no Estado custa em média R$ 200 mil. Logo em seguida vem São Paulo e Rio Grande do Sul. As regiões de Campinas e Sorocaba estão com o hectare custando, em média, R$ 60 mil, dependendo da área em que ela se localiza. Quanto mais próximo da cidade, mais alto o preço da área.
Para comprar apenas um hectare de terra, o produtor vai ter que desembolsar uma média de R$ 150 mil reais. Mas para arrendar, a situação é bem diferente. Um hectare sai por R$ 600 por ano.
– Mesmo sendo caras, elas são compradas por pessoas que tem um senso empreendedor. Eles compram a área com um tempo para depois montar loteamento ou condomínio. Dê uma rentabilidade alta. E eles não fazem nada com a terra. Compensa para eles e para nós arrendar a terra. O custo é bem mais baixo do que cidades que são agrícolas – disse Delfino.
O empresário Marcos Rodrigues é proprietário de uma área de 25 hectares em Sorocaba. Ele conta que investiu RS 4 milhões na compra. Por enquanto está deixando o local se desenvolver para depois vender. Enquanto não comercializa, acaba arrendando por um preço bem mais em conta.
– Para fazer o arrendamento é preciso achar uma pessoa de confiança que cuida. A ideia é você deixar a área cuidada, com curvas de níveis bem feitas e evitar invasões para que não fique abandonada. Com rendimento, já que está bem cuidada, e ganhar um retorno financeiro nisso – destaca.
