Borracha: CNA defende volta da alíquota de 14% para importação

Índice, que anteriormente era de 4%, foi elevado há um ano e medida venceu no mês passado; entidade pediu apoio de parlamentares para evitar prejuízo a produtores nacionais 

Fonte: Felipe Rosa/Embrapa

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu apoio de deputados e senadores para a elevação do imposto de importação da borracha natural. A entidade quer o retorno da alíquota de 14% e a inclusão do produto na Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum (Letec).

Nesta terça-feira, dia 21, o presidente da Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA, Walter Rezende, se reuniu com os presidentes das Comissões de Agricultura do Senado, Ivo Cassol (PP-RO); da Câmara, Sergio Souza (PMDB-PR); e da Frente Parlamentar de Silvicultura, deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), e entregou um ofício com o pleito dos produtores.

Em 2016 a Câmara de Comércio Exterior (Camex) subiu o imposto de 4% para 14%, mas a medida valeu apenas por um ano e venceu no mês passado. Assim, a entidade quer a volta desse índice para evitar prejuízos aos seringueiros com a entrada da borracha importada, principalmente da Ásia.

Segundo Walter Rezende, os investimentos feitos pelos produtores levam, em média, sete anos para dar retorno. Ele lista, ainda, as exigências trabalhistas e ambientais no país, que são muitos superiores às asiáticas.

“É uma concorrência desleal porque os preços asiáticos são muito baixos. Sem o aumento do imposto, isso vai incentivar a importação e reduzir os preços no mercado interno. A margem do produtor cai e a expansão da produção brasileira fica limitada”, disse Rezende.