Com previsão de chuva nas lavouras dos Estados Unidos, soja cai 1,5% e o milho 2%

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Pixabay

Soja
A soja na bolsa de Chicago fechou o dia em queda. Nas posições spot, as perdas foram de 1,17% no grão, de 0,97% no farelo e de 2,12% no óleo. A previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas e o desempenho de outros mercados mantiveram os preços sob pressão.

A meteorologia indica chuvas com temperaturas amenas deverão cair sob o cinturão produtor dos Estados Unidos, o que poderá favorecer o desenvolvimento da soja. O contrato de novembro fechou com queda de 1,49%, cotado a US$ 9,24.

Aqui no Brasil o ritmo foi lento na maior parte do país. Os preços da soja tiveram oscilação mista, com algumas regiões apresentando alta devido a uma demanda pontual e à alta dos prêmios.

Milho
O milho fechou com expressiva queda em Chicago. A baixa foi causada, principalmente, devido às informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicou um aumento no número de lavouras em boas ou excelentes condições. Além disso, a indicação de boas chuvas para o meio-oeste também teve impacto nas negociações do dia. 

Em Iowa, por exemplo, choveu praticamente o dia inteiro. A previsão do tempo indica novas chuvas na semana. Assim o mercado seguiu vendendo, pois acredita em melhores condições das lavouras para o relatório da próxima segunda feira, dia 21. O contrato de setembro fechou com baixa de 2,06%, cotado a US$ 3,55.

No mercado interno a terça-feira, dia 15, foi de preços do milho pouco alterados. O dia foi muito lento na comercialização, com poucos produtores querendo negociar, e com poucos compradores precisando comprar.

Dólar
O dólar comercial encerrou em queda corrigindo ganhos que vieram da euforia ocasionada pelo conflito entre Estados Unidos e Coreia do Norte em sessões anteriores. Além disso, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tranquilizou o mercado ao garantir que o governo aumentaria o rombo nas contas públicas, porém em valores inferiores a R$ 170 bilhões. Após o mercado cambial fechar, o aumento nos gastos ficou estipulado em R$ 159 bilhões, contra R$ 139 bilhões.

No fim do dia, a moeda norte-americana caiu 0,87%, a R$ 3,175 na venda.

Café
As cotações do arábica na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) despencaram novamente, diante do dólar firme contra outras moedas, da baixa do petróleo no mercado internacional e das quedas vistas em outras commodities.

Fatores técnicos contribuíram com a rolagem de contratos da posição setembro pesando sobre os preços e o mercado nova-iorquino perdeu a importante linha de US$ 140 cents por libra-peso e intensificou o tom negativo. O mercado continua muito reticente em comprar a ideia de safra brasileira deste ano menor e mantém aposta em uma safra de 2018 grande. Assim, o vencimento dezembro terminou com queda de 3,52% cotado a US$ 135,55 cents a libra-peso.

No Brasil os preços do café caíram. Com as perdas na bolsa, os vendedores se afastaram e o mercado físico ficou travado.

Boi
O mercado físico teve um dia de consistente alta para o preço do boi gordo. Os frigoríficos em geral tem se deparado com escalas de abate cada vez mais encurtadas, o que justifica a intensificação desse movimento. A oferta de animais terminados deve permanecer restrita até o último trimestre, oferecendo espaço para novos reajustes. Segundo a Scot Consultoria, alguns frigoríficos ofertaram até R$ 4 a mais por arroba, em relação ao último fechamento.

Já o mercado atacadista voltou a se deparar com preços acomodados. A perspectiva ainda é de algum reajuste no curto e médio prazo, de maneira mais discreta neste momento, considerando a demanda menos aquecida durante a segunda quinzena do mês.

Na BM&F o pregão realizado ao longo da última terça-feira foi caracterizado pela intensificação do movimento alta entre os principais contratos em vigência. A oferta de animais terminados vem se mostrando muito mais limitada neste primeiro giro de confinamento do que o esperado. Com isso o conforto das escalas de abate está ficando de lado, justificando o comportamento mais agressivo dos frigoríficos na compra de gado. O contrato de outubro fechou com alta de 1,03%, cotado a R$ 141,95 a arroba.

Previsão do tempo
A atuação de uma frente fria combinada com áreas de instabilidade causam chuva forte, acompanhada por várias descargas elétricas, entre os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Chove também, só que em forma de pancadas em três estados do Norte, Amazonas, Pará e Roraima, devido ao excesso de calor e a alta umidade. Já o frio das primeiras horas do dia é maior sobre o sul gaúcho, onde os termômetros já marcam 4,8 graus em Bagé (RS). 

Já para a safra verão, a expectativa é que o tempo fique seco e o plantio atrase.

Sul
Uma frente fria que está entre o Sul e o Sudeste influencia o tempo no Paraná. As instabilidades provocam chuva em todo estado. São esperados volumes expressivos no norte paranaense, com acumulados que podem provocar transtornos, como elevação do nível dos rios e pontos de alagamento. Nas demais áreas do estado, a chuva ocorre alternada por períodos de tempo firme e com menores acumulados. Em Santa Catarina, os ventos úmidos do mar favorecem a nebulosidade em toda a faixa litorânea, com previsão de chuva fraca a qualquer momento. Nas demais áreas catarinenses e no Rio Grande do Sul o tempo segue firme, com poucas nuvens e com as temperaturas um pouco mais elevadas que no dia anterior, mas ainda com sensação de frio na maior parte das regiões.

Sudeste
Uma frente fria atuando no Sudeste mantém as nuvens carregadas espalhadas pelo estado de São Paulo, Rio de Janeiro e no sul de Minas Gerais. Nestas áreas pode chover a qualquer momento, com potencial para descargas elétricas e rajadas de vento de até moderada intensidade. No sul do estado de São Paulo, na baixada santista e na região metropolitana de São Paulo a chuva ganha intensidade e são esperados maiores volumes acumulados, com riscos para transtornos, como pontos de alagamento. No norte paulista, nas demais áreas mineiras, no norte fluminense e no Espírito Santo o tempo segue firme, apenas com variação da nebulosidade. Tempo ainda abafado no norte mineiro, mas as temperaturas diminuem um pouco nas outras áreas do Sudeste.

Centro-Oeste
A quarta-feira, dia 16, segue com a atuação de uma frente fria na altura do Sudeste que favorece as nuvens carregadas no oeste de Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul no decorrer do dia. Tem previsão para pancadas de chuva a qualquer momento e são esperados elevados volumes no centro-sul do Mato Grosso do Sul. Além disso, há risco para descargas elétricas e o potencial para granizo diminui. Em Goiás e no centro-oeste de Mato Grosso, o sol predomina, com poucas nuvens e as temperaturas seguem elevadas, o que deixa a sensação de tempo abafado no decorrer da tarde.

Nordeste
O tempo segue firme em grande parte do Nordeste do Brasil. Apenas nas áreas litorâneas, entre o sul da Bahia e a faixa leste do Rio Grande do Norte é que tem mais nebulosidade, por causa dos ventos úmidos do mar. Nestas áreas tem previsão de chuva fraca, alternada com períodos de tempo firme, a qualquer hora do dia. Pode chover fraco também no norte do Maranhão. Mesmo onde chove, as temperaturas ficam elevadas na parte da tarde.

Norte
Áreas de instabilidade associadas aos ventos em altos níveis da atmosfera formam nuvens carregadas em grande parte da região Norte. Tem previsão para pancadas de chuva alternadas com períodos de tempo firme em Rondônia, no Acre, no Amazonas, em Roraima, no Amapá e em grande parte do Pará. No Tocantins e no leste paraense, o sol predomina e não há expectativa de chuva no decorrer da quarta-feira.