Dólar atinge R$ 3,17 com incertezas entre EUA e Coreia do Norte e possível mudança na meta fiscal do Brasil

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Agência Brasil/Divulgação

Dólar
A moeda norte-americana se manteve fortalecida até o fechamento, uma vez que os investidores do mundo todo se posicionam na defensiva em relação ao conflito geopolítico entre Estados Unidos e Coreia do Norte. 

Aqui no Brasil a possível mudança da meta fiscal colaborou para consolidar o viés positivo do câmbio.  Existe uma perspectiva do mercado de que as metas fiscais sejam revisadas para baixo, diante da frustração com a arrecadação em meio a lenta retomada da economia. Esse efeito negativo gera mais preocupação do mercado em relação a aprovação da reforma da Previdência antes de 2018. 

Assim o dólar comercial terminou a quinta-feira com alta de 0,76% negociado a R$ 3,176, o nível mais alto desde meados de julho.

Soja
soja na bolsa de Chicago (CBOT) fechou a quinta-feira com expressiva baixa, após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreender o mercado e estimar uma produção de 119 milhões de toneladas. O mercado esperava um número em torno de 114,4 milhões de toneladas. Se confirmada, esta será a maior safra de soja da historia. Nas posições spot, as perdas foram de 3,34% no grão, de 4,04% no farelo e de 1,14% no óleo.

No Brasil o dia foi de ritmo lento nas diversas praças de comercialização do país. Pela manhã, alguns lotes foram negociados enquanto o mercado estava mais favorável, mas após o relatório do USDA, o quadro mudou. Chicago despencou mais de 3% e os agentes se afastaram do mercado, travando os negócios.

Milho
A bolsa de Chicago registrou preços para o milho mais baixos. O mercado despencou após o relatório do USDA, que estimou uma produção de 359,5 milhões de toneladas. O número acima do que o mercado estimava (351,56 mi de toneladas). Tanto a soja quanto o milho ainda dependem do clima em agosto para uma definição. O relatório do órgão americano em setembro é aguardado, principalmente para a soja que esta em fase importante para a produção.

O mercado brasileiro de milho permanece envolto na crise logística que tem afetado duramente diversos estados, com falta de caminhões e fretes caros. Nesta quinta-feira a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociou 748 mil toneladas das 752 mil ofertadas nos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio de Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro). Inclusive a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reivindicou a liberação de mais recursos para apoiar a comercialização do grão disponível em Mato Grosso do Sul, Goiás e a inclusão do Paraná nos próximos leilões.

Café
Em Nova Iork (Ice Futures US) os contratos encerraram as operações com preços do café acentuadamente mais baixos. A bolsa acabou fechando abaixo da importante linha técnica e psicológica de 140 cents por libra-peso. O mercado acentuou as perdas no fim do dia por causa da aceleração das ordens de venda, dando mais intensidade ao movimento de baixa. As perdas no petróleo e nas outras commodities também influenciaram negativamente. No final do dia o contrato setembro caiu 2,90% cotado a 138,50 cents a libra-peso (queda de 415 pontos). 

O mercado físico foi movimentado durante a manhã, com alguns negócios e preços do café mais firmes. Havia interesse de ambas as partes, mas depois da forte queda nas bolsas e principalmente do arábica, as negociações travaram. Enquanto isso, a colheita no Brasil segue adiantada. Segundo a Safras & Mercado, os trabalhos de campo atingiram 86% da área, contra 81% no ano passado.

Boi
O mercado físico teve preços do boi gordo entre estáveis a mais altos nesta. A demanda aquecida durante a primeira quinzena do mês, além da restrição da oferta de animais terminados torna o cenário propício a novos reajustes no curto prazo. No entanto, os frigoríficos ainda contam com uma interessante  frente em  suas escalas de abate e essa situação poderia limitar o movimento.

Já o mercado atacadista apresentou preços estáveis. A perspectiva ainda é de preços em alta no curto prazo, em linha com o aquecimento da demanda durante nesta época do mês. Porém, a concorrência entre as principais proteínas de origem animal permanece acirrada.

Previsão do tempo 
Fortes pancadas de chuva e várias descargas elétricas são observadas sobre grande parte do Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina, tudo por conta de uma área de baixa pressão atmosférica no Paraguai e mais um corredor de umidade, que vem da Amazônia. 
Já sobre a região Norte, como o sul e extremo norte do Amazonas, oeste do Pará e Roraima, também ocorrem pancadas de chuva, acompanhadas alguns raios. Veja a previsão do tempo para a sua cidade nos próximos 90 dias.

Sul
O dia será de contrastes na região Sul do Brasil. A combinação de uma área de baixa pressão atmosférica no Paraguai volta a deixar o tempo instável na maior parte do estado gaúcho, com chuvas e ventos fortes. Há condição para transtornos e ventos no oeste, centro e sul do Rio Grande do Sul. Ainda, a umidade que sopra do mar contra a costa a partir de uma região de alta pressão no oceano, traz nuvens e também chuvas, só de intensidade fraca no leste catarinense e paranaense. Por outro lado, o tempo fica firme e ainda faz bastante calor para esta época do ano nas demais áreas do Paraná e interior de Santa Catarina.

Sudeste
A umidade aumenta e traz maior quantidade de nuvens e frio que favorecem eventual chuva fraca no litoral paulista e fluminense e parte da grande São Paulo. No interior paulista, do Vale do Ribeira ao sul de Minas Gerais, há apenas nebulosidade. Nestas regiões, as máximas da tarde ficam mais baixas, se comparadas com o início da semana. Em outras áreas do Sudeste, o sol predomina e as máximas da tarde seguem muito elevadas para esta época do ano, e podem passar dos 35°C em algumas áreas do oeste e norte de Minas Gerais.

Centro-Oeste
Há aumento da quantidade de nuvens sobre o oeste da região Centro-Oeste. Algumas pancadas de chuva, formadas por instabilidades na região Norte e por um corredor de umidade da Amazônia, se espalham pelo oeste e noroeste mato-grossense, mas com baixo acumulado e de maneira localizada. No fim do dia, instabilidades no Paraguai espalham nuvens e ventos moderados em Mato Grosso do Sul, mas sem condição para chuva. Em contrapartida, uma região de alta pressão atmosférica inibe a formação de nuvens carregadas em Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. As temperaturas continuam muito altas em todo o Centro-Oeste.

Nordeste
A chuva ganha força sobre o noroeste e litoral do Maranhão. A chuva se espalha também para o litoral da Bahia e faixa leste nordestina desde Sergipe até o Rio Grande do Norte. Por outro lado, no interior do Nordeste o tempo continua bastante firme, seco e ensolarado, algo que favorece o aumento do número de queimadas.

Norte
A chuva segue em praticamente todos os estados de forma localizada, mas com trovoadas, por causa da umidade que voltou a se espalhar pela região. A exceção fica em Tocantins e no sul do Pará. O calor continua intenso em grande parte do Norte, com temperaturas que passam facilmente dos 35°C na maior parte das áreas.