Eldorado deve economizar R$ 80 milhões com novo terminal

Investimento de R$ 90 milhões foi inaugurado nesta terça, dia 30, no Porto de Santos

A Eldorado Brasil, empresa do grupo J&F, inaugurou hoje, no Porto de Santos, o terminal portuário mais moderno da América Latina. O investimento de R$ 90 milhões no complexo deve aumentar a eficiência nas exportações de celulose e a competitividade no mercado internacional.

A 7,5 metros do berço de atracação do Porto de Santos, o terminal tem 9,5 mil metros quadrados e 50 colaboradores vão movimentar e embarcar todo volume de celulose, trazido por linhas férreas de Mato Grosso do Sul.

– A gente produz 1,5 milhão de toneladas. Esse ano até está superando, vai chegar perto de 1,7 milhão de toneladas. Tem 10%, 15% que fica no Brasil e o resto é exportado – diz o presidente do Conselho da holding, Joesley Batista.

Antes da inauguração do terminal, a carga da empresa vinha de trem até um terminal no início do Porto de Santos, a 17 Km de distância do cais. A estrutura utilizada era de terceiros e a velocidade de carregamento era uma dificuldade. A inauguração deve reduzir em até R$ 80 milhões por ano os custos logísticos da empresa. A expectativa é que o terminal escoe todos os anos 750 mil toneladas de celulose para os principais mercados do mundo

– Nós já exportados pra mais de 30 países do mundo, todos os principais mercados já são atendidos pela Eldorado. Nosso principal mercado hoje é a China, que é o país que mais cresce no mercado de celulose, mas também exportamos pra muitos países europeus, exportamos pra todos os países asiáticos – diz o presidente da Eldorado Brasil, José Carlos Grubisich.

Em meados de junho, a Eldorado Brasil anunciou a construção da nova linha de produção de celulose em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. Com a expansão, a empresa terá nos próximos anos a maior linha de produção de celulose do mundo, com capacidade de 4 milhões de toneladas por ano.

– 90% do nosso negócio a gente faz fora do Brasil, então a celulose, hoje, está numa situação muito positiva, porque a celulose é a única commodity mundial que vem tendo seus preços subindo em dólares. Além disso, o dólar tem ido na direção de transformar as exportações brasileiras cada vez mais rentáveis e competitivas – calcula Grubisich.