Frio continua e mais geadas são registradas no Brasil

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Valdeci Luiz Sehn

Previsão do tempo
O Sul do Brasil e Mato Grosso do sul foram marcados por novos registros de geadas na madrugada desta quinta-feira, 20. Este é o terceiro dia seguido que uma massa de ar polar traz condições para a formação do fenômeno. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a cidade de Lagoa Vermelha (RS) marcou 2,3°C, Camaquã (RS) com 2,4°C, Cambará do Sul (RS) teve 2,1°C, Erechim(RS) registrou 3°C, Frederico Westphalen (RS) teve 2,9°C e Uruguaiana (RS) 2,8°C.

Nos outros dois estados do Sul as mínimas foram de 1,7°C em Araranguá (SC), 2,6°C em Ituporanga (SC) e 0,4°C em Major Vieira (SC). No Paraná o município de Laranjeiras do Sul teve temperatura mínima de -1,2°C e Clevelândia 3,4°C.

Em Mato Grosso do Sul, o destaque ficou para as temperaturas em Amambai com 1,3°C, Maracaju com 1,8°C e Rio Brilhante com apenas 1°C. A expectativa dos meteorlogistas é que o frio continue, mas de maneira menos intensa. Já as geadas devem ser registradas até a sexta-feira, 21.

Veja a previsão para a sua cidade nos próximos 90 dias.

Sul
Nesta quinta-feira, a presença de um centro de alta pressão atmosférica no Paraguai e outro no oceano mantêm o tempo bastante firme no Sul, ainda com condição para frio intenso, geadas e temperaturas próximas de zero desde o sul do Paraná até o norte e noroeste gaúcho. Mesmo assim, o frio já diminui de intensidade e abrangência em relação aos dias anteriores. A sensação de frio no período da tarde diminui e as temperaturas máximas ficam mais elevadas do que no dia anterior. Para a sexta-feira, ainda existe a possibilidade de geadas. Segundo a Somar Meteorologia, essa formação fica restrita à serra geral entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Sudeste
Uma frente fria já se afasta em alto mar na altura do Espírito Santo, mas áreas de instabilidade seguem organizando umidade sobre o Sudeste. Assim, há condição para pancadas de chuva muito isoladas e de baixo acumulado no entre o leste paulista e sul mineiro, além do Espírito Santo e leste de Minas Gerais. Em outras áreas, o sol predomina entre nuvens. As temperaturas seguem baixas, mas sem valores extremos pela manhã. Durante a tarde há um ligeiro aumento da temperatura em relação ao dia anterior. 

Centro-Oeste
A nebulosidade aumenta um pouco no sul de Goiás, mas mesmo assim, não há previsão para o retorno da chuva e todo o Centro-Oeste continua com tempo firme. A condição para geadas diminui em Mato Grosso do Sul e as temperaturas seguem em elevação, tanto as mínimas da manhã como as máximas da tarde.

Nordeste
A previsão do tempo indica bastante nebulosidade nas áreas litorâneas do Nordeste. Há possibilidade de chuva desde as praias do Maranhão até o sul da Bahia e os maiores volumes acumulados são esperados para Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. No interior da região o sol predomina ao longo do dia e não deve chover. A umidade do ar fica abaixo do ideal nas horas mais quentes do dia.

Norte
Como a massa de ar polar vai perdendo intensidade, a sensação de frio diminui no Acre e em Rondônia. Nesta quinta-feira o tempo segue firme em grande parte da região e durante a tarde a sensação é agradável em todos os estados. Nas áreas mais ao norte há previsão de chuva, por causa das nuvens que se formam ao longo do dia. Não são esperados elevados acumulados, mas as pancadas podem ser acompanhadas por descargas elétricas. 

Dólar
A moeda americana encerrou a quarta-feira com baixa de 0,25%, cotada a R$ 3,150, menor nível de fechamento desde 12 de maio. O dólar, que operava em baixa ante o real no início do pregão por novos sinais de fraqueza na inflação brasileira e acompanhando o mercado externo, intensificou o movimento de desvalorização após o juiz Sérgio Moro bloquear R$ 606,7 mil em bens e contas bancárias do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Soja
O mercado interno teve uma quarta-feira calma em relação à comercialização. A moeda norte-americana registrou sua quarta desvalorização consecutiva, neutralizando os ganhos nas cotações da bolsa de Chicago (CBOT). Ainda com pouca atratividade nos preços da soja, os negócios não se concretizam.

Nos Estados Unidos a preocupação continua sendo as previsões de clima seco e temperaturas elevadas. Este fator deu sustentação ao mercado nesta quarta-feira.

Milho
O milho na bolsa de Chicago foi caracterizado pelo movimento de alta entre os principais contratos em vigência. O mercado ainda repercute amplamente a situação climática do meio- oeste dos Estados Unidos e também a instabilidade política no Brasil, que proporciona volatilidade cambial. Alguns modelos climáticos ainda sinalizam para tempo seco em meio a temperaturas elevadas, sintoma de preocupação em um momento chave do desenvolvimento das lavouras norte-americanas. No entanto, chuvas esparsas em alguns estados nos próximos dias poderiam amenizar esse quadro.

A expectativa é que o mercado continue a especular em torno da meteorologia para os americanos até meados do mês de agosto, quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga números de produção e de produtividade. Ainda no próximo mês algumas entidades privadas oferecerão um retrato real da safra norte-americana. 

Já na agenda brasileira, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza nesta quinta-feira novos leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para os produtores dos Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Veja aqui os preços do milho.

Café
O dólar mais fraco e a alta moderada do arábica na bolsa de Nova Iork (Ice Futures US)  contribuíram para a estabilidade dos preços do café. O mercado segue com negócios pontuais, sendo dosado pelo vendedor, diante da possibilidade de geadas em áreas cafeeiras. Outro fator que está deixando o produtor cauteloso é a proximidade do término da colheita. Muitos estão atentos a uma quebra de safra, o que poderia melhorar as cotações do grão.

Houve relatos de negócios no sul de Minas Gerais, mas com baixo volume. Na zona da mata mineira há um retrato de demanda maior que a oferta. Por lá o cafeicultor está preocupado com a qualidade da safra, apesar de estar com bom aspecto. No cerrado o dia foi de poucos negócios, já que os preços da saca seguem sem ajustes e o vendedor continua desmotivado. No Espírito Santo o mercado segue estável.

Boi
Na BM&F o pregão realizado no decorrer da quarta-feira foi caracterizado pela continuidade do movimento de alta entre os principais contratos em vigência. O mercado operou no positivo pela tendência de uma sensível mudança entre os meses de agosto e setembro. A começar por uma oferta reduzida de animais confinados, além da recuperação das exportações de carne bovina.

 Fundamentalmente o mercado se depara com poucas novidades. A pressão de baixa persiste, enquanto a demanda interna por carne bovina permanece enfraquecida. Mesmo com preços de balcão mais baixos os frigoríficos, em geral, não têm encontrado dificuldades na composição de suas escalas de abate, ainda posicionadas entre cinco e sete dias úteis. 

De acordo com a Scot Consultoria, a oferta, em especial, na região norte do país, se mostra menor e confere maior sustentação aos preços do boi gordo.