O Orçamento da União para 2021 sofreu uma desidratação severa nas mãos do Congresso Nacional. Entre os recursos cortados, estão aqueles destinados a subsidiar o crédito agrícola, o seguro rural e o apoio à comercialização.
Para entender o impacto disso no próximo Plano Safra, o Canal Rural realiza nesta segunda-feira, 19, uma live. A transmissão será comanda pelo repórter e apresentador Antônio Pétrin e contará com a presença do secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke, e do coordenador do Núcleo Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Conchon, e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Sergio Souza (MDB-PR).
A live começa às 20h, nas redes sociais do Canal Rural (Facebook, Instagram e YouTube).
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O que aconteceu com o Plano Safra?
O governo federal havia previsto R$ 10,3 bilhões com essa finalidade, mas a versão aprovada pelo Legislativo destina apenas R$ 7,55 bilhões, corte de 26%.
Percentualmente e em valores absolutos, o maior corte se deu no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O governo federal havia previsto cerca de R$ 3,85 bilhões para equalização, mas o valor foi reduzido em 35%, caindo para R$ 2,5 bilhões.
Já os recursos para equalização do crédito rural para pequenos e médios produtores foram cortados em 28,4%, saindo de R$ 4,389 bilhões para R$ 3,142 bilhões.
O montante destinado à equalização do Prêmio do Seguro Rural (PSR), que era para ser de R$ 1 bilhão, ficou em R$ 976 milhões. Já o dinheiro destinado a apoiar a comercialização ficou 6,9% menor do que o previsto pelo Executivo: R$ 7,5 bilhão contra R$ 10,3 bilhão.
Com menos dinheiro para subsidiar o crédito rural este ano, a tendência é que a agropecuária esteja sujeita a taxas de juros maiores do que as praticadas no último ciclo. Além disso, o volume de crédito com juros controlados também pode ser menor.
Em audiência pública na sexta-feira, 16, o subsecretário de Política Agrícola do Ministério da Economia, Rogério Boueri, afirmou que se o quadro não for revertido, pode faltar dinheiro para o Plano Safra. “A situação é crítica porque os recursos que sobraram no Orçamento já não são suficientes para pagar as operações feitas no passado, quanto mais fazer novas operações”, avisou.
