Plano Safra: Maggi promete juros mais baixos e prazo de pagamento mais curto

Período para saldar financiamento será menor em função do teto do orçamento do governo; taxa anual deve ficar entre 7,5% e 9,5%

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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta quinta-feira, dia 25, que os juros do Plano Safra 2017/2018 ficarão cerca de um ponto percentual abaixo das taxas praticadas na atual temporada. Em compensação, o prazo para pagamento das linhas de crédito será reduzido. As declarações foram feitas em Cuiabá (MT), onde o ministro participou do seminário A Força do Campo.

Dessa forma, a taxa anual dos financiamentos deve ficar entre 7,5% e 9,5% ao ano, o que deve ser anunciado no próximo mês. Os recursos disponíveis devem ultrapassar R$ 200 bilhões. Maggi afirma que será preciso encurtar o prazo de pagamento para que o plano caiba no teto do orçamento do governo. “Os custeios, que eram de 24 meses, passam a ser pagos em 14 meses e os financiamentos, que eram de 15 anos, caíram para 12 anos. Foi o melhor que pudemos fazer neste ano, em função da dificuldade financeira que o Brasil vive”, disse o ministro.

Mato Grosso

Boa parte dos recursos deve ser destinada a Mato Grosso, estado que deve render cerca de R$ 60 bilhões em negócios entre grãos e pecuária nesta safra – a soja deve representar metade desse valor. A preocupação dos produtores mato-grossenses , no entanto, vai além da taxa de juros. Muitos agricultores reclamam, por exemplo, que o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fetabh), recolhido por eles, não está sendo usado para sua principal função, a manutenção de estradas. A cada saca de soja produzida, o produtor rural do estado deve desembolsar R$ 1,40, por conta desse imposto; no caso da pecuária, a taxa é de R$ 40 por cabeça de boi.

O secretário de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso, Marcelo Duarte, afirma que o as obras do governo nessa área já superam as da gestão anterior, apesar da crise econômica vivida pelo país. “Nos últimos cinco anos do governo passado, foram feitos 900 km entre pavimentação e restauração de rodovias; neste governo, em pouco mais de dois anos, fizemos quase 1.700 km”, diz.

O governador Pedro Taques, por sua vez, sustenta que patrulhas administradas por consórcios e associações reduziram os problemas em estradas não pavimentadas.