Queda do dólar trava comercialização da soja no Brasil

O mercado brasileiro de milho abriu a semana com as cotações pressionadas pela entrada da safrinha e o café seguiu com o ritmo lento de negociações, apesar da alta em Nova York. Confira o fechamento do mercado

Fonte: Ascom Famasul

O mercado da soja enfrentou altas nos contratos futuros em Chicago nesta segunda, dia 26, ao mesmo tempo que sofreu com o baixo volume de negociações no mercado brasileiro. A queda do dólar acabou travando a comercialização da oleaginosa no Brasil, que teve os preços no mercado físico oscilando entre estáveis e mais baixos.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), o mercado se recupera tecnicamente, com os agentes aguardando os relatórios que serão divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na sexta-feira.

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)

Julho/17: 9,06 (+2,25 centavos)
Agosto/17: 9,11 (+2,75 centavos)

Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)

Passo Fundo (RS): 64,00
Missões (RS): 63,50
Cascavel (PR): 61,50
Rondonópolis (MT): 58,00
Dourados (MS): 55,50
Rio Verde (GO): 57,50
Porto Santos (SP): 68,50
Porto de Paranaguá (PR): 68,50
Porto de Rio Grande (RS): 68,50

Milho

O milho em Chicago registrou preços acentuadamente mais altos. O mercado buscou suporte na valorização dos preços do petróleo e na fraqueza do dólar frente a outras moedas correntes, apesar do indicativo de clima mais favorável ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas de milho.

O mercado brasileiro de milho abriu a semana com as cotações pressionadas pela entrada da safrinha. Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado começa a focar a  pressão inicial da colheita de forma geral. “O Mato Grosso do Sul e o Paraná  iniciam a colheita, os produtores aceleram as vendas e os preços acabam  cedendo”, afirma. O dólar em baixa prejudicou os preços no Porto. 
 

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)

Julho/17: 3,59 (+1,25 centavos)
Setembro/17: 3,67 (+1,75 centavos)

Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)

Rio Grande do Sul: 27,00
Paraná: 23,00
Campinas (SP): 27,00
Mato Grosso: 16,50
Porto de Santos (SP): 28,00
Porto de Paranaguá (PR): 27,00
Porto de Imbituba (SC): 28,00

Café

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da segunda-feira com preços mais altos. O mercado deu sequência aos ganhos da sexta-feira, em meio a fatores técnicos. Compras por parte de indústrias foram citadas no dia como aspecto de sustentação.

No Brasil,o mercado acompanhou a valorização de Nova York, mas o ritmo de negócios seguiu lento por causa da queda de braço entre compradores e vendedores.
 
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)

Julho/17: 121,95 (+2,00 pontos)
Setembro/17: 124,50 (+1,50 pontos)

Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)

Arábica/bebida boa – Sul de MG: 445-450
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 450-455
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 400-405
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 395-400

 
Dólar e Bovespa

O dólar comercial fechou as negociações em baixa de 1,10%, a R$ 3,30 para compra e R$ 3,30 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,29 e a máxima de R$ 3,33. Já o índice Bovespa fechou o dia com alta 1,80%, aos 62.188 pontos.