Soja: cai número de lavouras em boas condições nos EUA

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Vanoli Fronza/Embrapa

Dólar
A moeda americana encerrou esta segunda-feira, 26, com queda de 1,10%, cotado a R$ 3,302. A recuperação no preço do petróleo e os dados de bens duráveis nos Estados Unidos abaixo das expectativas, frustraram o mercado internacional e pressionaram o dólar que chegou, durante a sessão, a atingir o menor patamar das últimas cinco semanas (R$ 3,297).

Aqui dentro os olhares seguem atentos para o desenrolar da denúncia de corrupção do procurador geral da república, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer.

Soja
A soja no mercado interno teve um ritmo lento de negociação nas diversas regiões do país. A bolsa de Chicago teve um dia positivo nos principais contratos, porém a forte queda do dólar trouxe perdas para os preços no Brasil e paralisou as negociações. Veja o fechamento AQUI.

Nos Estados Unidos o foco foi a divulgação das condições das lavouras americanas, que ficou abaixo das expectativas dos analistas. Para a soja, 66% das lavouras estão em boas ou excelentes condições, perda de 1 ponto percentual. O mercado esperava uma melhora, já que as chuvas estariam beneficiando a safra.

Na Argentina a colheita da soja na safra 16/17 atingiu 97% até o dia 22 de junho. De acordo com o um levantamento semanal feito pelo Ministério da Agroindústria da Argentina, neste mesmo período do ano passado os trabalhos no campo estavam em 95%. A comercialização no país está em 42%.

Milho
O início de colheita aqui no Brasil começa com pressão de venda e os produtores tentam achar escoamento rápido para a safra. No mercado interno houve relatos de alguns negócios em cidades do Paraná. Veja os preços AQUI.

Em Mato Grosso, os agricultores aguardam mais um leilão de Prêmio para o Escoamento (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) nesta terça-feira, 27, focando no escoamento da produção. Os analistas da Safras & Mercado indicam que é possível que a partir das próximas semanas, o governo insira Goiás e Mato Grosso do Sul, o que pode dividir os recursos desses leilões.

Outro destaque em Mato Grosso foi o primeiro relato de milho estocado a céu aberto. O caso acontece em uma unidade armazenadora em Ipiranga do Norte, no médio-norte do estado. Situações como esta podem aparecer cada vez mais ao longo da colheita do grão no estado.

Lá fora, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 67% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições, número igual ao da semana passada. 5% da safra  está em fase de polinização.

Café
Neste início de semana o mercado físico do café seguiu em ritmo lento, com negócios pontuais. Apesar da valorização dos preços por conta da alta na bolsa de Nova Iork, o produtor rural ainda está na retraído, esperando melhores cotações. Veja o fechamento de preços AQUI.

As cotações lá fora deram sequência aos ganhos da última sessão, em meio a fatores técnicos. Compras por parte de indústrias também ajudaram a dar sustentação na bolsa. A forte recuperação da sexta-feira, 23, deu forças tecnicamente ao mercado para dar prosseguimento à reação neste começo de semana.

Boi
Na BM&F o pregão realizado no decorrer da segunda-feira foi caracterizado pelo comportamento misto entre os principais contratos em vigência. O mercado pecuário brasileiro ainda se depara com instabilidades acerca das exportações de carne bovina e o embargo imposto pelos Estados Unidos ainda causa incertezas. Fundamentalmente a pressão de queda tende a predominar no decorrer desta semana no mercado físico, uma vez que os frigoríficos permanecem com escalas de abate bastante confortáveis neste momento. Confira AQUI a cotação da arroba.

Previsão do tempo
Nesta terça-feira, as condições de tempo praticamente não se alteram sobre o Sul do Brasil. O ar seco, associado a uma região de alta pressão atmosférica, continua a predominar no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, o que inibe a formação de nuvens carregadas e mantém a grande amplitude térmica. Depois de uma manhã fria, durante a tarde as temperaturas ficam mais confortáveis. Na faixa oeste dos três estados há declínio da umidade relativa do ar, mas ainda sem atingir níveis críticos.

O ar seco associado a uma região de alta pressão atmosférica ainda predomina sobre o Sudeste, e mais uma vez garante grande amplitude térmica. Depois de uma manhã fria, durante a tarde as temperaturas ficam mais confortáveis na região. Na faixa norte e oeste de Minas Gerais e norte de São Paulo há declínio mais acentuado da umidade relativa do ar durante a tarde. Por outro lado, a chuva continua atingindo o norte do Rio de Janeiro, todo o Espírito Santo e o extremo leste mineiro.

O tempo continua aberto em todo o Centro-Oeste, que segue sob o domínio de uma massa de ar seco. O tempo fica firme, sem chuva e com maior amplitude térmica. No nordeste do Mato Grosso, por exemplo, já não chove há mais de 70 dias, e essa condição mantém o aumento das queimadas. A umidade relativa do ar fica abaixo dos níveis críticos na região do pantanal e no oeste e norte do Mato Grosso.

As ondas de leste, sistema meteorológico comum nesta época do ano no Nordeste, em conjunto com áreas de instabilidade seguem trazendo chuva para a costa da região. Tem previsão para chuva forte no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas. No interior do Nordeste, o ar seco continua a predominar, o que permite mais uma tarde com declínio da umidade relativa do ar. Entre o sul do Piauí e o noroeste da Bahia, os índices podem chegar ao estado de emergência.

No Norte o ar seco continua a predominar, o que permite mais uma tarde com declínio da umidade relativa do ar. O alerta fica para o Tocantins. Já a chuva continua concentrada desde o centro do Amazonas até Roraima e entre o Amapá e o norte do Pará. A chuva forte atinge o extremo norte de Roraima, onde podem ser registrados maiores volumes acumulados.