Soja em Chicago se aproxima de US$ 9/bushel e paralisa mercado brasileiro

Confira as principais informações sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Luiz Henrique Magnante/Embrapa

Dólar
A falta de decisões concretas na política tem deixado o mercado em compasso de espera e levou a moeda norte-americana ao terceiro fechamento consecutivo em alta. O Relatório Trimestral da Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira, 22, apenas reafirmou a posição do Banco Central sobre um corte moderado na taxa básica de juros, a Selic, e, por isso, os investidores não precificaram essa informação nas operações de câmbio. Ao final da sessão, o dólar comercial marcou avanço de 0,12%, a R$ 3,337 para venda.

Soja
O mercado interno da soja teve um dia de lentidão nas diversas regiões do país e as negociações ficaram paralisadas no Brasil.  Um dos principais motivos desse mercado travado foi a oleaginosa na bolsa de Chicago, que teve fechou em queda pela quarta vez seguida. As perdas chegaram a 14,75 pontos nos principais contratos. A previsão de chuva no cinturão agrícola americano foi o que gerou a baixa expressiva. O contrato de julho se aproximou do patamar dos US$ 9 por bushel, atingindo a mínima de US$ 9,03. Outra informação que ajudou na queda da bolsa foram os dados de exportações semanais americanas, que ficaram 67% abaixo da semana anterior. Veja como ficou cotada a soja no mercado brasileiro AQUI.

Milho
O pregão realizado na bolsa de Chicago foi caracterizado pela significativa queda entre os principais contratos. O fraco desempenho das exportações semanais ditou o ritmo da sessão. As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 16/17 ficaram 12% abaixo da semana anterior. Os analistas seguem de olho também no clima dos Estados Unidos, já que este é o momento que marca o período de floração e de polinização das lavouras. 

Aqui no Brasil alguns negócios foram reportados, mas a comercialização continua acontecendo em volumes pequenos. Em Mato Grosso o mercado esteve focado no leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que negociou 94,83% do um milhão de toneladas ofertada no leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). Para o Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) foram negociadas 60,75%, das 330 mil toneladas ofertadas. Veja como ficou o preço do milho AQUI.

Café
A bolsa de Nova Iork abriu em alta nesta quinta-feira, trazendo expectativa para os preços internos, mas acabou revertendo para o lado negativo. Lá fora as cotações despencaram aos patamares mais baixos dos contratos vigentes e romperam o patamar técnico e psicológico de 120 cents a libra-peso, mostrando que investidores aumentaram suas apostas em um mercado mais baixista. A entrada da safra brasileira, com clima favorável à colheita e sem riscos de geadas, e os países consumidores do grão com estoques crescentes também foram motivos que pressionaram as cotações. Com muitos exportadores fora do mercado brasileiro, o valor da saca acabou caindo na média de R$ 10 e o produtor acabou recuando. Veja os preços de referência para a abertura dos negócios nesta sexta-feira AQUI.

Boi
O destaque desta quinta-feira no mercado do boi gordo foi a notícia de que os Estados Unidos suspenderam a importação de carne bovina in natura do Brasil. Segundo o secretário de Agricultura do país, Sonny Perdue, o motivo seria “a recorrente preocupação sobre a segurança” alimentar dos produtos enviados ao mercado americano. De acordo com o comunicado do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), desde março o órgão estava inspecionando 100% da carne bovina brasileira e nesse período, o serviço  da entidade teria recusado 11% do volume in natura enviado pelo Brasil.

Aqui no Brasil, o mercado físico do boi gordo se deparou com preços baixos decorrer do dia. A redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de gado para abate em Mato Grosso do Sul pode acentuar o viés de queda no curto prazo. Segundo a Safras & Mercado, até o mercado paulista deve ser afetado no curto e no médio prazo, já que muitos frigoríficos conseguem com facilidade em buscar o animal no estado sul mato-grossense. Veja como a arroba do boi gordo ficou cotada AQUI.

Previsão do tempo

Nesta sexta-feira, 23, o interior da região Sul o tempo continua com tempo aberto e com maior amplitude térmica. O ar seco vai ganhando força e isso favorece ao mesmo tempo temperaturas máximas mais elevadas e também um certo declínio da umidade relativa do ar no período da tarde. Somente no final do dia é que instabilidades no Uruguai aumentam a quantidade de nuvens no extremo sul gaúcho, porém sem chuva.

No Sudeste as temperaturas passam a ficar mais elevadas do que em dias anteriores e a tarde torna-se mais agradável. O tempo fica aberto e ensolarado no estado de São Paulo, no oeste do Rio de Janeiro e na maior parte de Minas Gerais. Além disso, a umidade relativa do ar cai um pouco, especialmente entre no norte paulista e triângulo mineiro. Por outro lado, uma área de instabilidade organiza nuvens e chuvas no leste mineiro, norte e leste fluminense e em todo o Espírito Santo. Nestas áreas, não se descarta chuva mais forte.

A presença de uma região de alta pressão atmosférica mais uma vez inibe a formação de nuvens carregadas em todos os estados do Centro-Oeste e o sol predomina. A amplitude térmica aumenta entre Goiás e Distrito Federal. Durante a tarde, a temperatura fica elevada em todas as áreas da região. Esta situação favorece índices de umidade relativa do ar abaixo dos níveis críticos na região do pantanal e, por consequência, também pode aumentar o número de queimadas.

Para o Nordeste a temperatura máxima da tarde volta a cair no sul e oeste na Bahia por causa do tempo mais instável. Já a chuva continua em todo o litoral da região. Há previsão de chuva generalizada e com maiores volumes acumulados desde o sul da Bahia até o leste da Paraíba e também desde São Luís (MA) até Fortaleza (CE). As instabilidades também alcançam parte do centro baiano, com baixo acumulado. No sertão, as condições de tempo não se alteram e o dia continua ensolarado e quente.

A chuva perde força no Norte, mas prossegue concentrada no extremo norte da região. Já o tempo mais seco continua na faixa sul, como é comum nesta época do ano. Há condição favorável para declínio da umidade relativa do ar e também do aumento do número de queimadas. Durante a tarde, as temperaturas continuam em elevação no Norte do país.