Zoneamento agrícola contempla novas culturas e regiões

Portarias publicadas pelo Mapa no Diário Oficial da União incluem algodão em Roraima e trigo irrigado na Bahia

Fonte: Embrapa/Divulgação

As culturas de algodão, sorgo e mandioca em Roraima e de trigo irrigado na Bahia foram incluídas no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A medida é referência para o Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (Proagro) e para o Seguro Rural. Os agricultores dos dois estados que plantam tais produtos devem seguir as recomendações do zoneamento para ter acesso aos programas.

Também foram contempladas no Zoneamento Agrícola de Risco Climático o milho 2ª safra no Rio de Janeiro e em Rondônia e o trigo sequeiro em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, no Paraná, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e São Paulo. O trigo irrigado foi incluído no programa na Bahia, no Distrito Federal, em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Veja aqui as portarias do ZARC publicadas no Diário Oficial da União.

Gestão de risco

 O zoneamento para essas culturas nos 12 estados e no Distrito Federal permite que os produtores rurais, agentes financeiros, seguradoras e o próprio governo federal incluam a gestão do risco climático mais confiável em suas decisões. Além do percentual de 20%, o menor nível de risco apurado, foram acrescentados pela SPA os níveis de maior risco para o resultado da produção, de 30% e de 40%. Esses níveis variam de acordo com a data da semeadura indicada pelo Ministério da Agricultura.

O secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, diz que a medida é importante para apoiar os agricultores desses estados e do DF. “As portarias vão possibilitar, por exemplo, que os produtores de algodão, sorgo e mandioca de Roraima tenham acesso ao Proagro e ao seguro rural.”

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático é um instrumento para auxiliar a gestão de riscos na agricultura. O estudo tem como objetivo reduzir os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos, já que permite ao produtor identificar o melhor período de semeadura das lavouras, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares.