Banco do Brasil desburocratiza renegociação das dívidas do arroz

A partir desta segunda, dia 12, agências devem adotar novo parâmetro para negociações com o setor arrozeiro; quem perdeu acima de 50% da sua safra terá parcelamento direto em cinco anos

Fonte: Pixabay/Divulgação

A partir desta segunda, dia 12, o Banco do Brasil começa a adotar novos parâmetros para as renegociações das dívidas dos produtores de arroz atingidos pelo fenêmeno El Niño na última safra. Agora, o banco somente irá exigir o laudo do agrônomo credenciado. A informação foi confirmada após encontros de dirigentes da instituição financeira com representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Levou algum tempo esta negociação, pois o Banco do Brasil demonstrava-se preciosista acerca de sua responsabilidade para com o dinheiro público. O banco somente executa as políticas de governo”, observou o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles.

Para os produtores que perderam entre 10% e 25% da produção será necessária uma entrada de 40% do valor do financiamento e parcelamento em três anos. Já para quem perdeu de 26% a 50%, serão 25% de entrada e o restante em quatro anos. E quem perdeu acima de 50% da sua safra, como grande parte dos produtores do Rio Grande do Sul, terá parcelamento direto em cinco anos.

“O Banco do Brasil já disparou a normativa às agências. Os produtores devem se direcionar às agências com o objetivo de formalizarem a renegociação, para que logo seja efetivado o próximo passo, que é o novo custeio para a atual safra, porque nós já estamos em período de plantio em algumas áreas no Rio Grande do Sul”, ressalta.

A entidade reforçou que, depois de diversas rodadas de conversas, o acordo foi feito de forma técnica, visando a preservação do caixa dos produtores atingidos. Entretanto, Dornelles alerta aos orizicultores em condições de saldar os financiamentos, que o façam. “Mais uma vez, a Federarroz salienta que o produtor que não precise de renegociação que salde os seus compromissos esse ano, à medida que atualmente os preços são remuneradores. No próximo ano, não temos essa certeza”, salienta.