Arroba do boi gordo chega a R$ 151 em São Paulo

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Júlio Prestes/Canal Rural

Boi
O mercado físico apresentou preços do boi gordo mais altos nesta terça-feira, 12. Os frigoríficos seguem pressionados, com escalas de abate cada vez mais curtas. Em São Paulo o movimento de alta começa a perder intensidade e algumas empresas optam por compor as escalas de abate com animais provenientes de outros estados.

Mesmo assim, segundo a Safras & Mercado, a arroba do boi foi cotada nesta terça a R$ 151. Em Minas Gerais, o preço ficou em R$ 144, contra R$ 143 e em Goiás, o boi fechou em R$ 141, contra R$ 140.

Já os preços da carne bovina seguem firmes no atacado. A expectativa ainda é por preços mais altos para os principais cortes no curto prazo, diante das câmaras frigoríficas cada vez mais vazias. Abre-se o espaço para a valorização da matéria-prima, enquanto que o volume de contratos a termo firmados para 2017 tem queda na comparação com os anos anteriores.

Dólar
O mercado cambial repercutiu a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, de autorizar a abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer. A decisão trouxe cautela para os investidores. Ainda há a possibilidade de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entre com a segunda denúncia contra o presidente nesta quarta-feira. Diante dessas incertezas o dólar comercial fechou com alta de 0,77% cotado a R$ 3,129.

Soja
A oleaginosa na bolsa de Chicago (CBOT) teve perdas de mais de 1% nesta terça-feira, refletindo os dados de oferta e demanda revelados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

Contrariando todas as expectativas a entidade americana elevou mais uma vez suas projeções para a safra do país. Para a soja, espera-se que a produção seja de 120,5 milhões de toneladas, uma alta de 2,8% em relação à safra 2016/2017 que teve uma produção de 117,2 milhões de toneladas. Em agosto o USDA projetou a safra em 119,2 milhões de toneladas.

Já os estoques finais em 2017/2018 foram projetados em 12,93 milhões de toneladas. O mercado trabalhava com um número de 11,89 milhões de toneladas. Em agosto, a estimativa também era 12,93 milhões de toneladas. Para a safra 2016/2017, o USDA cortou a projeção de 10,07 milhões de toneladas para 9,39 milhões de toneladas. O mercado projetava estoques de 9,91 milhões de toneladas.

Com essa expressiva queda lá fora, a comercialização no Brasil ficou lenta na maior parte do país. As cotações da soja tiveram oscilações mistas e houve registro de negócios apenas no Paraná.

Milho
O milho na bolsa de Chicago também fechou em queda, devido aos dados do USDA. As perdas nos contratos mais recentes foram de mais de 1,5%.

O órgão americano projetou uma produção de 360,2 milhões de toneladas, contra 359,4 milhões de toneladas no mês passado. Na safra 2016/2017 a safra foi de 384,7 milhões de toneladas. O mercado esperava algo em torno dos 355,6 milhões de toneladas.

Com isso os negócios no Brasil se mostraram retraídos no decorrer do dia. A expectativa para esta quarta-feira, dia 13, é que os produtores alterem o comportamento de venda, considerando a pressão de baixa nos preços do milho, em meio à colheita dos Estados Unidos.

Café 
A bolsa de mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da terça-feira com preços mais altos. As cotações avançaram no dia, acompanhando a subida do petróleo ao longo do dia, apesar da commodity ter perdido força mais para o final. Os contratos de dezembro fecharam com altas de 2,4%.

Já no mercado interno, os preços do café ficaram mais firmes. Os ganhos na bolsa deram a sustentação para as cotações. No entanto, o ritmo de venda foi lento, já que a falta de chuvas para as floradas da próxima safra pode ser um fator de alta nos preços.

Previsão do tempo
Mais uma madrugada com chuva, que varia entre fraca à forte intensidade, sobre a metade sul do Rio Grande do Sul. Essa instabilidade é causada por um corredor de umidade que vem da Amazônia e é organizada por uma frente fria, que se afasta cada vez mais da costa da região do país. Vale salientar também que chove desde a noite desta terça-feira e os maiores volumes de água do Brasil, nas últimas 24 horas, ocorreram no oeste e sul do estado, além dos relatos de granizo nessas áreas. 

Também são observadas fortes pancadas de chuva em pontos isolados da Região Norte e no noroeste de Mato Grosso, por conta de áreas de instabilidade, influências pelo calor, alta umidade e as circulações dos ventos na atmosfera. Por fim, do recôncavo baiano até o litoral do Rio Grande do Norte são observados precipitações de maneira fraca e isolada, por conta da umidade que vem do mar.

Sul
Áreas de instabilidade e um corredor de umidade, organizado da Amazônia ao Sul do país, levam mais chuva para o Rio Grande do Sul e de forma mais intensa nas áreas de fronteira com o Uruguai. Também não se descartam chuvas em algumas áreas do extremo oeste ao leste de Santa Catarina. Já entre o norte de Santa Catarina e o Paraná, uma massa de ar seco continua atuando e mantém o tempo firme e as temperaturas mais elevadas nesses locais.

Na quinta-feira, dia 14, uma nova frente fria se forma e a chuva persiste no Rio Grande do Sul, alcançando até algumas áreas no oeste de Santa Catarina. Há previsão de vento acima dos 60 quilômetros por hora entre a costa catarinense e o litoral norte gaúcho. Por conta desse tempo mais fechado, na metade sul gaúcha as temperaturas não conseguem subir muito, a exceção vai para os demais locais onde chove, pois mesmo com as instabilidades, a sensação ainda é de tempo abafado. Por fim, na maior parte do Paraná e norte catarinense, o dia será marcado por tempo muito firme e quente.

Sudeste
A quarta-feira será marcada mais uma vez por um dia ensolarado e quente na maior parte do Sudeste. Uma região de alta pressão mantém uma massa de ar seco sobre a região e a umidade do ar pode ficar novamente abaixo dos 20%, considerado estado de alerta pela Defesa Civil. Apenas no extremo nordeste mineiro e metade norte do Espírito Santo é que ainda há alguma condição para chuva isolada. As temperaturas mais altas à tarde serão sentidas no norte e oeste paulista e no triângulo mineiro.

Centro-Oeste
As instabilidades diminuem no oeste da região, mas algumas áreas de fronteira com a Bolívia, Paraguai e divisa com Rondônia recebem chuvas isoladas. Por outro lado, o tempo seco e o calor excessivo predominam em todas as demais áreas do Centro-Oeste. As temperaturas podem até passar dos 40°C em algumas cidades de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 

Nordeste
A quarta-feira segue a condição para chuva fraca e isolada no leste do Nordeste e do noroeste do Maranhão aos litorais do Rio Grande do Norte. As chuvas mais volumosas devem se concentrar do sul da Bahia ao leste de Pernambuco. Já a chuva na região de São Luís (MA) vem com trovoadas, associadas às instabilidades que se formam no Pará. No restante das áreas nordestinas, tempo seco e calor.

Norte
Nuvens carregadas persistem sobre o estado do Amazonas, Roraima, Acre e norte de Rondônia, devido a atuação de instabilidades tropicais. Ressalta-se que essa chuva se espalha pela maior parte do Norte, mas entre o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, o tempo seco segue favorecendo a ocorrência de queimadas e a baixa umidade relativa do ar durante a tarde. Mesmo com as precipitações, o tempo continua abafado em toda região Norte.