Confinamento de boi enfrentará dificuldade em 2016

Um dos entraves é que o pecuarista conta, até o momento, com apenas 52% dos animais para cumprir a meta do ano

Fonte: Reprodução/Canal Rural

A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) prevê que o pecuarista vai ter dificuldades para expandir o confinamento de gado de corte este ano. “Considerando os dados apresentados, a Assocon, nesse momento, não acredita no crescimento da produção de gado confinado, ainda que o dado geral aponte expectativa de alta de 2%”, informa em comunicado o gerente executivo da entidade, Bruno Andrade.

Um dos entraves do confinamento é que o pecuarista conta, até o momento, com apenas 52% dos animais para cumprir a meta de 2016. Os 48% restantes incluem animais que precisam ser comprados, fechados via parceria, boitel (confinamentos terceirizados) ou aguardam definição do produtor em terminá-los em confinamento ou em outro sistema de produção.

Além disso, outro obstáculo para os confinadores este ano é o preço doméstico do milho que teve alta de mais de 50% em algumas regiões, por causa do avanço das exportações. Por este motivo, entre outros fatores, o custo de produção da arroba engordada no confinamento em março de 2016 apresentou elevação de 23% em relação a março de 2015. “A Assocon observa que entre os entrevistados houve importante oscilação em relação à intenção de confinamento para 2016. Algumas propriedades de pequeno porte pretendem dobrar sua produção, entretanto seu impacto no volume total é limitado”, ressalta Andrade.

Levantamento da associação projeta aumento de 2% no confinamento de gado em relação a 2015. O total deve alcançar 745.742 cabeças, em comparação com 731.120 animais em 2015. Na pesquisa anterior, realizada no fim de 2015, a Assocon apontava queda de 3,52% no volume de gado confinado para este ano.

“A pesquisa realizada no fim de 2015 com confinamentos não associados à Assocon mostrou intenção de queda de 3,52% na produção de animais confinados para 2016. É importante lembrar que essas duas pesquisas foram realizadas com grupos distintos de propriedades”, explicou Bruno Andrade.