Confinamento bovino deve ter margem positiva em 2018

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Fonte: Divulgação/Assocon

Os preços do boi gordo voltaram a subir em algumas praças de comercialização nesta terça-feira, dia 5. Segundo a consultoria Safras & Mercado as cotações devem subir de forma mais acentuada durante a primeira quinzena de dezembro, período que marca o ápice anual de consumo de carne bovina. Além disso, a escala de abate dos frigoríficos segue apertada, posicionada entre dois e três dias úteis.

Em São Paulo, a cotação da arroba do boi terminado está em R$ 144, à vista, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), alta de 1,1% nos últimos sete dias.

Ofertas de compra acima da referência são comuns no estado e também na maioria das demais praças pecuárias. O destaque fica para Minas Gerais, cuja oferta de boiadas está pequena e consequentemente as escalas de abate não evoluem. Esse é o quadro em todas as regiões do estado.

No mercado atacadista, os preços ficaram firmes. A tendência é de preços mais altos no curto prazo, uma vez que a reposição entre atacado e varejo está acelerada. No entanto, a concorrência em relação as outras carnes está bastante acirrada, o que pode atenuar a pressão de alta nos preços dos cortes bovinos.

Expectativa para 2018

A Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon) informou que a expectativa é de que o pecuarista possa trabalhar com uma margem de contribuição positiva em 2018 na atividade de confinamento.

De acordo com o gerente executivo da Assocon, Bruno de Jesus Andrade, a tendência é de que haja um bom movimento de exportação em 2018, assim como foi observado no segundo semestre deste ano e uma retomada no consumo interno de carne bovina. Além disso, uma maior oferta de animais de reposição pode deixar a atividade no positivo.

No entanto, ele ressalta que pode impactar mais este cenário é a questão de preços do milho, que poderia trazer um custo maior ao pecuarista. A estratégia indicada é o pecuarista adquirir o milho o quanto antes.