Febre aftosa: 2017 foi um ano histórico para erradicação da doença

Segundo o Ministério da Agricultura, a medida pode ampliar a oferta de carne para mercados mais competitivos, que pagam melhor e que trarão mais renda para o produtor brasileiro

Fonte: divulgação

Com o reconhecimento de novas zonas livres da febre aftosa com vacinação no Amapá, Roraima, em grande parte do Amazonas e em áreas de proteção no Pará finalizou-se nacionalmente o processo de erradicação da doença no Brasil. Em abril deste ano, completaram-se 11 anos sem registro da ocorrência no país. blairo

De acordo com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a partir desse reconhecimento, o Brasil passa a ter um mercado maior e com produtos mais valorizados internacionalmente. Segundo Maggi, o setor vende carne para mais de 150 países. “Queremos ampliar a oferta em mercados mais competitivos, que pagam melhor, que trarão mais renda para o produtor brasileiro”, explicou.

No Pará o reconhecimento do novo status sanitário foi feito durante a abertura do  Encontro Nacional de Defesa de Sanidade Animal (Endesa) promovido pelo Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.

Simultaneamente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou o Plano Estratégico do PNEFA 2017-2026, com o objetivo de criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa (com vacinação) e ampliar as zonas livres da doença (sem vacinação).

Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal , Guilherme Marques, foram superadas todas as expectativas de adesão dos governos e da iniciativa privada, pois todos se conscientizaram que os prazos para a execução das etapas do programa.

Ainda em 2017, a zona livre sem vacinação, representada pelo estado de Santa Catarina, manteve seu status sanitário. Foi desenvolvida e implementada uma nova metodologia de vigilância clínico-epidemiológica para zonas com essa condição sanitária. Após validação da metodologia haverá garantia adicional para comprovação da ausência de infecção em áreas sem vacinação.

A chefe da Divisão de Febre Aftosa, Eliana Lara, disse que o Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa encerra o ano de 2017 com uma avaliação extremamente satisfatória no que se refere ao cumprimento de suas metas.

Perspectiva

O ano de 2018 se inicia com a expectativa do reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), prevista para o mês de maio, das últimas áreas declaradas livres, consolidando o processo de reconhecimento do Brasil pela entidade como país livre de febre aftosa.