MT: rebanho bovino deve crescer no 1º semestre, diz Indea

A expectativa é que a primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa, que começa em maio, indique os números reais

Fonte: André Santos / PMU

A presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Daniella Bueno, afirmou durante a InterCorte 2018 desta quinta-feira, dia 12, que a expectativa é de crescimento nos abates de bovinos do estado no primeiro semestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado, e também em 2018.

Daniella ressalta que em 2017 o estado registrou um abate de 4,6 milhões de bovinos, com um crescimento observado a partir do segundo semestre. “A partir de agosto os abates começaram a se recuperar gradativamente, após os desdobramentos da operação Carne Fraca. Inicialmente o mercado se retraiu, mas depois passou a abater mais na medida que o Ministério da Agricultura comprovou que os pontos envolvendo a operação eram isolados e ligados a corrupção dentro das indústrias e não vinculados a questões sanitárias do rebanho”, explica.

A presidente do Indea-MT afirma que é difícil fazer uma projeção de quanto o rebanho poderia crescer na primeira metade do ano. Para se chegar aos patamares de antes do evento da Operação Carne Fraca seria preciso avançar talvez uns 10% pelo menos para chegar a se estabilizar. “Podemos afirmar que no primeiro semestre do ano passado a curva estava descendente e, a partir da segunda metade de 2017 a curva voltou a ser ascendente”, informa.

Daniella destaca que o Mato Grosso terá a primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa envolvendo todo o rebanho a partir de 1º de maio, com exceção dos animais do Pantanal. “Um indicativo de que possa ter havido um aumento no rebanho foi a queda registrada no abate de fêmeas no ano passado. Mas somente com esses dados de vacinação é que teremos uma projeção melhor de aumento ou não do rebanho”, finaliza.