Faturamento com exportação de café cai 24,6%

Vendas de café verde caíram de US$ 1 bilhão para US$ 760,3 milhões

Fonte: Embrapa

Mesmo com o dólar mais alto frente o real neste início de ano, o faturamento das exportações de café caiu 24,6% no acumulado do primeiro bimestre na comparação com igual período de 2015. Em volume, no entanto, houve um ligeiro aumento, de 0,12%. Os dados são do Informe Estatístico do Café, publicado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura. De acordo com esse estudo, enquanto no ano passado as vendas do produto somaram US$ 1,12 bilhão, em 2016 elas ficaram em US$ 851,1 milhões.
 
O resultado, no período, se deu principalmente pelo desempenho do café verde, cujas vendas caíram de US$ 1 bilhão para US$ 760,3 milhões. Em volume, o recuo foi de 1,61%, passando de 5,24 milhões de sacas de 60 quilos para 5,15 milhões de sacas. O seguimento classificado como outros extratos também apresentou variações negativas, queda de 33,3% em valor e de 26,07% em volume. 
 
O café solúvel, em contraponto, apresentou bom desempenho no período, registrando crescimento de 3,7% na receita e alta de 22,26% em volume embarcado. O produto torrado e moído também avançou positivamente, com crescimento de 41,1% no faturamento e 21,75% no volume. A pasta não fez avaliações sobre a queda das exportações gerais do café. 
 
Apenas na comparação entre fevereiro e igual mês do ano passado, as receitas das vendas externas do café verde recuaram 19,56%, caindo de US$ 493,48 milhões para US$ 396,956 milhões. Em janeiro a queda havia sido ainda mais expressiva, de 33,48%. Somando todas as modalidades do produto, em fevereiro houve queda de 17,12% em receita e aumento de 8,36% no volume embarcado.
 
A lista dos maiores compradores de café do Brasil é liderada por EUA (1,1 milhão de sacas), Alemanha (994 mil sacas), Itália (590 mil sacas), Japão (458 mil sacas) e Bélgica (353 mil sacas). Os cinco países foram responsáveis por  60,76% das vendas de café brasileiro no ano até fevereiro. Segundo as informações do ministério, com base nos números de fevereiro, o café do Brasil representou 35,2% da produção mundial e 8,1% do agronegócio nacional.