IAC quantifica impacto do greening em semente

Doença provoca prejuízos na produção de sementes limão-cravo e o citrumelo SwinglePesquisa do Instituto Agronômico (IAC), cujos resultados parciais serão apresentados nesta terça, dia 26, na Semana da Citricultura, em Cordeirópolis, interior paulista, busca quantificar os impactos em sementes e porta-enxertos de citros do greening (ou huanglongbing), principal doença da citricultura mundial. 

Fonte: Canal Rural/Juliana Camargo

Os estudos mostraram que o greening provoca impacto negativo na produção de sementes limão-cravo e o citrumelo Swingle que representam mais de 80% dos porta-enxertos, a parte inferior da planta na qual é feito o enxerto das variedades de laranjeiras.

– Não há transmissão de greening por sementes, mas a doença tem impactos negativos na qualidade delas – afirma o pesquisador do Instituto Agronômico, Fernando Alves de Azevedo. Isso porque, segundo apontou as pesquisas, uma planta sem sintoma da doença pode produzir frutos e, posteriormente, sementes utilizadas na produção de porta-enxertos.

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Segundo ele, a semente mais bem formada perde menor volume de água para o ambiente, o que a torna mais resistente às doenças.

– A utilização de sementes de elevada qualidade é de extrema importância para o sucesso de uma cultura, pois estas geram plantas de alto vigor, que terão bom desempenho no campo com condições de tolerar situações de estresse – acrescenta o pesquisador do IAC.

Os dados apontaram, ainda, que a quantidade de sementes não germinadas em frutos de plantas com greening cujo porta-enxerto é o citrumelo Swingle pode ser o dobro de uma planta sadia.

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Considerada a principal doença da citricultura, o greening não tem cura e é causado por uma bactéria (Candidaus liberibacter) transmitida por um inseto (Diaphorina citri). Além da perda nos frutos e nas sementes, a planta se torna improdutiva comercialmente.