As exportações brasileiras totais de suco de laranja somaram 894,67 mil toneladas na safra 2016/2017, encerrada em 30 de junho, queda de 17,2% sobre o total de 1,081 milhão de toneladas movimentado em 2015/2016. É o menor volume desde o de 802,2 mil toneladas de 1990/1991, ou seja, em 26 safras da fruta. O Brasil é o maior produtor comercial de laranja e maior exportador de suco do mundo.
Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), a queda nas exportações ocorre pela quebra na safra brasileira de laranja, de 18,4% no período. Em 2016/2017, a produção foi de 245,3 milhões de caixas (de 40,8 quilos cada), a menor desde 1988/1989.
Safra e volume exportado menores trouxeram preços recordes para o suco embarcado e a receita com as vendas ao exterior caiu menos. O faturamento foi US$ 1,62 bilhão na safra passada, o menor apenas desde 2009/2010, representando recuo de 7% sobre o total de US$ 1,74 bilhão do período 2015/2016.
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O levantamento, divulgado nesta segunda-feira, dia 10, pela CitrusBR a partir dos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), considera a soma dos volumes de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) e do não concentrado e congelado (NFC), o suco fresco. O volume de NFC, que é seis vezes maior, é convertido no equivalente em FCOJ e somado ao do concentrado no total divulgado.
As exportações para a União Europeia, maior mercado do suco de laranja brasileiro com 66,7% de participação, recuaram 23% em volume entre 2015/2016 e 2016/2017, segundo o levantamento da CitrusBR, para 579,6 mil toneladas, ante 748,2 mil toneladas. Em receita a queda foi de 14%, com um total de US$ 1,05 bilhão, ante US$ 1,21 bilhão na safra 2015/2016.
Nos Estados Unidos, o recuo no volume exportado foi de 13%, encerrando o período com um total de 172,7 mil toneladas. No entanto, a receita com as vendas de suco para o mercado norte-americano registrou crescimento de 4% e fechou em US$ 317,5 milhões.
Para o Japão, o volume embarcado fechou 2016/2017 com uma queda de 9%, em 41 mil toneladas, e a receita recuou 2%, para US$ 69,5 milhões. Já as exportações para China cresceram 8% em volume entre os períodos, para 29,6 mil toneladas e 14% em receita, para US$ 54,9 milhões.
