Eleições: partidos devem mirar setor agropecuário

Segundo o ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Nilson Leitão, o pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin tem projetos para atrair votos do setor

Fonte: Arquivo Público/DF

O PSDB lançou oficialmente a pré-candidatura de Geraldo Alckmin para a Presidência da República durante esta semana e espera conseguir conquistar votos mostrando o trabalho que ele fez durante quatro mandatos como governador de São Paulo. Segundo o deputado federal, Nilson Leitão, ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária e atual líder do partido na Câmara, diversos avanços nas áreas de meio ambiente e de regularização fundiária devem credenciar Alckmin a ser a melhor opção para o agro nas eleições de 2018.

O parlamentar é o entrevistado dessa semana do programa “Direto ao Ponto” e fala sobre o futuro da política no país e as pautas do setor agropecuária neste ano eleitoral. Diferentemente de outras eleições, o PSDB parece não ter o apoio maciço do campo, que envereda para defender as bandeiras de Jair Bolsonaro, outro pré-candidato.

Mas para Leitão, a experiência de Alckmin e os resultados das políticas paulistas vão mudar o cenário até outubro. “São Paulo tem índices bem diferenciados em relação ao Brasil. Em segurança pública, por exemplo, o Brasil tem uma média de 60 mortes a cada 100 mil habitantes, São Paulo tem média de 8, um número de Nova Iorque. Alguns avanços que São Paulo tem sob a tutela de Geraldo Alckmin e que o Brasil ainda está muito longe. Para o agro, não é só proposta, mas na prática”, diz.

“São Paulo tem menos problema que qualquer outro estado na questão ambiental, na questão fundiária, muitas coisas resolvidas em todos esses temas que afligem o produtor. Direito à propriedade: Alckmin tem toda a capacidade de resolver esse problema que se arrasta há muito tempo.”

Além dessas pautas, Leitão garante que o candidato não vai fugir da discussão sobre a necessidade de reformar a Previdência Social e o sistema tributário brasileiro. “Tirar os 36 impostos da mesa do nosso empresário, reduzir para 4 ou 5. É um debate imprescindível, como a segurança jurídica, direito à propriedade”.

Lula

Por confiar na Lei da Ficha Limpa, Leitão descarta a participação de Lula na corrida eleitoral e afirma que isso será benéfico para todos os outros candidatos. “O debate com Lula tem desonestidade intelectual, promessas que não vão ser cumpridas, números que não são verdadeiros. Essa eleição sem o Lula vai dar oportunidade para todos os candidatos se reinventarem, tem que se reorganizar, o próprio PSDB term um discurso mais pragmático, dizendo o que vai fazer, como vai fazer e de onde vai vir o dinheiro. Chegou a hora de não ter mais discurso poético, bonito, hora de demonstrar, de fato, como vai consertar o Brasil”.