Estados pedem definição do Ministério da Agricultura sobre o mormo

Mormo gera insegurança e incertezas aos produtores

Fonte: Divulgação/Pixabay

Especialistas da área de sanidade animal de 20 estados da Federação se reuniram, nesta quinta, dia 3, na Casa do Veterinário na Expointer, em mais um encontro do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Animal (Fonesa). Um dos assuntos abordados foi o mormo, doença causada por uma bactéria, que atinge equinos e também pode ser contraída por humanos. Os sintomas da doença são febre, fraqueza e prostração, podendo apresentar lesões nas mucosas nasais, nos pulmões ou na pele, com incidência de catarro e pneumonia.

mormo, em sua fase aguda, leva o animal à morte em um período que varia de uma a quatro semanas. Para identificá-lo nos animais, dois exames são recomendados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), mas alguns criadores estão questionando as análises judicialmente, porque o teste que diagnostica o mormo é chamado de “fixação de complemento” e detecta os anticorpos contra a doença no soro do animal. Para os veterinários, ele não tem precisão. 

Segundo o presidente do Fonesa, Inácio Afonso Kroetz, há uma onda de insegurança e incertezas devido aos resultados dos exames. “Quanto mais o tempo passa, mais temos dúvidas. Existem casos de animais livres do mormo com resultado positivo e vice-versa, alguns sendo sacrificados. O Mapa precisa se manifestar e criar uma instrução normativa. Estamos desmoralizados junto aos criadores e produtores”, lamenta Kroetz. Ao final do encontro, os executores aprovaram um documento que será encaminhado, nos próximos dias, ao Mapa.

“A realização do teste confirmatório do mormo tornou-se um problema nacional, o que nos preocupa enquanto Defesa e, principalmente, na questão de confiabilidade do serviço perante o setor produtivo. A repercussão que a situação vem causando devido à demora, falta de definição e informações oficiais geram dúvidas, insatisfação e, mais grave, ações judiciais. Desta forma, solicitamos que o Mapa defina com urgência os protocolos de colheita, envio e processamento de amostras para testes de mormo, com a publicação de nova instrução normativa”, diz um trecho do documento.