Brasil deve iniciar programa de melhoramento genético do feijão-fava

Parceria entre a Universidade Federal do Piauí e a Embrapa coloca em prática pesquisas acumuladas ao longo de 10 anos

Fonte: Claudio Bezerra/Divulgação

O país deve começar neste ano um programa de melhoramento genético do feijão-fava. O trabalho será coordenado Universidade Federal do Piauí (UFPI), que contará com a cooperação técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de outras instituições de pesquisa e ensino do Brasil, México e da Colômbia.

O feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) é uma espécie alimentar de grande importância no Brasil, sobretudo na Região Nordeste. Entretanto, apesar dos benefícios para nutrição, saúde e segurança alimentar, ainda é uma cultura que tem recebido pouca atenção da pesquisa brasileira, especialmente no aspecto do melhoramento genético.

A UFPI e a Embrapa trabalham há mais de 10 anos para ampliar o conhecimento genético dessa cultura agrícola, investindo em ações de coleta de variedades tradicionais em diversas regiões brasileiras, caracterização molecular e conservação em seus bancos genéticos.

O conhecimento gerado aponta para a necessidade de iniciar no país um programa nacional de melhoramento genético do feijão-fava, em colaboração com outras instituições nacionais de pesquisa e ensino e de países da América Latina que já possuem vasta experiência nessa área, como México e Colômbia.

A criação desse programa é uma das conclusões da primeira reunião internacional de pesquisa sobre feijão-fava, realizada em Teresina, de 7 a 9 de dezembro de 2016. O evento reuniu especialistas nacionais e internacionais e discutiu estratégias para o melhoramento genético da cultura no Brasil, México e Colômbia.