Produção de feijão deve ser 22% maior em 2016/17

Volume deve chegar a 3,07 milhões de toneladas nesta safra; com preço médio da saca de 60 quilos entre R$ 150 e R$ 200 a unidade

Fonte: Pixabay/Divulgação

A produção brasileira de feijão deve chegar a 3,07 milhões de toneladas na safra 2016/2017. O número corresponde a um aumento de 22% em relação à safra passada, de 2,51 milhões de toneladas.

A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que os produtores aumentem em área plantada de feijão, passando de 2,8 milhões de hectares na safra 2015/16 para 3 milhões de hectares em 2016/17.

“Os produtores estão aproveitando os bons preços no mercado nacional e expandindo a produção. Isso deve acontecer nos três ciclos do grão”, explicou o assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Alan Malinski.

Esse cenário de maior oferta de feijão agrada aos produtores e também aos consumidores, já que o preço médio da saca de 60 quilos deve ficar entre R$ 150 e R$ 200 a unidade, e no supermercado a R$ 5,75. 

O Brasil é o principal produtor e consumidor de feijão do mundo, onde o grão sai da lavoura e vai direto para a mesa do brasileiro, avaliou Malinski. “No último ano, foram consumidos aproximadamente 300 mil toneladas a mais do que produzimos. Nós tivemos que importar feijão preto da Argentina, China e México”, disse. 

Os dados foram discutidos durante a reunião da Câmara Setorial do Feijão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na quinta-feira, dia 17. Além do panorama da cadeia produtiva, os representantes debateram um projeto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que busca a certificação da produção orgânica de feijão. 

Segundo a entidade de pesquisa, a demanda por esse tipo de produto tem crescido e o intuito do projeto é criar ferramentas para monitorar a produção deste tipo de leguminosa.