Preço do frango sobe com demanda aquecida

Nas exportações, ainda que o câmbio esteja mais oscilante e que o resultado final do ano deva ser inferior ao de 2016, o desempenho tem sido positivo nos últimos meses

O mercado brasileiro de carne de frango vivenciou mais uma semana positiva em termos de demanda, fator que propiciou reajustes nos preços pagos aos produtores em boa parte das praças de comercialização consultadas por Safras & Mercado.

O analista Fernando Iglesias ressalta que no atacado paulista o mercado segue em viés de alta, ainda que os preços não tenham mudado ao longo da semana, refletindo a oferta limitada no mercado interno, fruto da queda nos alojamentos ao longo do ano e a retomada de um fluxo mais efetivo nas exportações.

No atacado de São Paulo, para os cortes congelados, o quilo do peito seguiu em R$ 5,05, o quilo da coxa em R$ 4,15 e o quilo da asa em R$ 7,15. O quilo do peito na distribuição continuou em R$ 5,15, o quilo da coxa em R$ 4,25 e o quilo da asa em R$ 7,25.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 5,35, o quilo da coxa em R$ 4,40 e o quilo da asa em R$ 7,30. Na distribuição, o preço do quilo peito se manteve em R$ 5,55, o quilo da coxa em R$ 4,50 e o quilo da asa em R$ 7,50.

Iglesias acredita que o mercado possa seguir aquecido pelo menos até o próximo dia 20. “A partir dessa data as redes varejistas já tem sua programação definida nas compras e a reposição entre atacado e varejo se torna um pouco mais lenta, voltada a suprir uma ou outra necessidade pontual”, comenta.

Nas exportações, ainda que o câmbio esteja mais oscilante e que o resultado final do ano deva ser inferior ao de 2016, Iglesias afirma que o desempenho tem sido positivo nos últimos meses, também contribuindo para evitar excessos de oferta no mercado interno.

Segundo projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção de frango deve terminar 2017 somando 13,056 milhões de toneladas, uma alta de 1,2% ante o ano passado. Já as exportações devem atingir 4,319 milhões de toneladas este ano, uma queda de 1,48%. Para o ano que vem, por sua vez, a previsão da entidade é que a produção de carne de frango tenha crescimento de 2% a 4% frente a 2017. Já as exportações de frango devem subir de 1% a 3% em 2018.  

O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que em Minas Gerais o quilo vivo subiu de R$ 2,75 para R$ 2,80. Em São Paulo o quilo vivo continuou em R$ 2,70.

Na integração catarinense a cotação do frango avançou de R$ 2,55 para R$ 2,60. No oeste do Paraná o preço subiu de R$ 2,50 para R$ 2,55 na integração. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 2,60 para R$ 2,65.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango avançou de R$ 2,70 para R$ 2,75. Em Goiás o quilo vivo também subiu de R$ 2,70 para R$ 2,75. No Distrito Federal o quilo vivo passou de R$ 2,75 para R$ 2,80.

Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 3,30. No Ceará a cotação do quilo vivo permaneceu em R$ 3,30 e, no Pará, o quilo vivo seguiu em R$ 3,50.