Tomate: maior oferta de Goiás afeta preços

Na praça baiana de Irecê, a caixa está valendo 49% menos do que no ano passado

Fonte: Pixabay

A comercialização do tomate salada longa vida diminuiu no início desta semana na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Segundo o complexo de pesquisas sobre Frutas e Hortaliças do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Hortifrúti/Cepea), esse cenário está atrelado ao maior volume do tipo rasteiro para mesa produzido em Goiás no mercado paulista, por conta dos menores patamares de preço dessa variedade.

Conforme dados do Cepea, enquanto uma caixa de 28-30 quilos do rasteiro tem média de R$ 30,00, a caixa de 20 quilos do salada 2A vale R$ 26,50 – médias em 16 e 17 de outubro.

O tomate do estado goiano também vem competindo com o mercado do Nordeste – com a praça baiana de Irecê, especificamente -, pressionando as cotações na região. De julho a outubro, até o dia 13, o preço médio do tomate na praça nordestina foi de R$ 15,95 por caixa, valor 49% inferior à média do mesmo período de 2016, de R$ 31,45 por caixa. Além disso, problemas com a traça do tomateiro e a baixa disponibilidade de água interferiram na qualidade e na produtividade média da região.