Tomate: preço e clima não preocupam produtor nesta safra

Atenção dos agricultores está voltada para manejo de pragas que atacam a lavoura

Fonte: Roberta Silveira/Canal Rural

O preço pago ao produtor de tomate caiu. Mas, diferentemente de outros anos, a remuneração e o clima não são motivos de preocupação para quem produz no interior de São Paulo. O objetivo agora é fazer o manejo correto para evitar perdas com as pragas que atacam as lavouras.

Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a caixa com 20 kg do fruto era vendida a R$ 120 no início de abril. Passada a Páscoa, o valor já havia chegado a R$ 50. 

O economista da empresa, Flávio Godas, afirma que o preço esteve alto porque a oferta foi reduzida em quase 6 mil toneladas no final de março. A tendência, daqui em diante, é de queda na remuneração e baixa rentabilidade para o produtor.

Ainda assim, o produtor de tomates José Francisco Júnior, de Mogi Guaçu (SP), está satisfeito com a atual cotação. Segundo ele, mesmo com a queda das últimas semanas, a cotação ainda é maior do que a registrada no ano passado.

A lavoura do produtor, com 60 mil pés da variedade aguamiel, deve render cerca de 10 toneladas de tomate. José Francisco Júnior agora monitora a presença da broca, praga que pode causar prejuízos de até 10% da produção.

O agricultor explica que a fase alada do inseto deposita os ovos no interior dos frutos. Depois que nasce, a praga passa a se alimentar do tomate, e então fura a pele do vegetal na fase de lagarta.

A boa notícia é que o clima ajudou no desenvolvimento da lavoura, que tem ciclo médio de 180 dias. De acordo com o agrônomo Enéas Rodrigues, que atua na região de Mogi Guaçu, as boas condições devem se manter pelso próximos meses, até o término da colheita. “A expectativa de produção para este ano é melhor do que a do ano passado, pois o clima e a unidade devem favorecer bastante a cultura”, diz.