Rio Grande do Sul monta plano para combater gripe aviária

Departamento de defesa agropecuária vai reforçar a vigilância em locais de reprodução de aves migratórias

Fonte: Pixabay

Alerta amarelo ligado na avicultura brasileira. Depois do segundo caso de influenza aviária no Chile, o Brasil, que também entrou para a lista dos países que não estão comprando produtos avícolas daquele país, reforça o combate ao vírus. No Rio Grande do Sul, setores público e privado se unem.

O departamento de defesa agropecuária vai reforçar a vigilância em locais de reprodução de aves migratórias, um dos principais transmissores do vírus.

De acordo com o chefe do departamento na divisão de defesa sanitária animal, Marcelo Gocks, a equipe trabalhará em um raio de até 10 km nos principais sítios para realizar a fiscalização.

“Queremos identificar se tem alguma lesão compatível ou se tem uma mortalidade acima da média e também aproveitar pra fazer um trabalho de educação sanitária com os produtores”, afirma.

E, apesar dos esforços, a defesa sanitária animal reconhece que o estado não possui estrutura o suficiente.

“Hoje não temos uma estrutura condizente para atender um grande foco. Temos um equipamento considerável, mas dependendo da dimensão do foco vamos adquirir bastante equipamento”, aumenta Gocks.

O Brasil é o maior exportador de aves e vende para 150 países. É também o segundo maior produtor da carne. A preocupação do setor é, portanto, que os compradores barrem a nossa proteína ao sinal de qualquer foco, o que causaria grande prejuízo.

“Vamos tomar como exemplo o que acontece no Chile. Quando houve  confirmação do primeiro foco, os países importadores suspenderam a importação de produtos avícolas daquele país. Isso é inegável que traz um prejuízo bastante significativo. Dentro os países que proibiram a importação encontra-se o Brasil”, aponta o presidente da Fundesa, Rogério Kerber.

O fundo de defesa sanitária do estado deve repassar recursos para a compra de equipamentos que serão usados para prevenir e controlar a doença. Em caso de disseminação, o fundo também é responsável por indenizar produtores.

“No caso de haver a determinação da destruição dos animais existentes no foco ou nas propriedades circunvizinhas. Haverá a avaliação do valor desses animais e aí sim o Fundesa entrará com a condição de indenizador fazendo às vezes do estado”, completa Kerber.