Conheça Voodoo, o maior galo do mundo

Com 1,26 metro de comprimento, o animal já recebeu propostas de até R$ 200 mil, mas seus donos não o venderam

Fonte: Roberta Silveira/Canal Rural

Um galo gigante com 1,26 metro de comprimento é considerado o maior do mundo. Batizado de voodoo, o galo da raça índio vem de uma linhagem genuinamente brasileira e tem feito muito sucesso por causa do tamanho e dos preços que podem atingir em leilões.

A medição, segundo o criador Haroldo Poliselli, é feita na horizontal, com uma régua homologada pela Associação Brasileira de Criadores de Aves da Raça Índio Gigante (Abracig), da ponta da unha até a ponta do bico. “É feito em um local que não cause estresse ao animal”, ressaltou Poliselli.

A raça é resultado do cruzamento de galinhas caipiras com galos de briga, mas apesar dessa origem, ele é bem manso. Entre as características do índio gigante estão as canelas grossas e amarelas, carcaça volumosa e arredondada, rabo voltado para baixo, cabeça larga e grossa e pele entre bico e o pescoço, conhecida como barbela de boi.

O índio gigante também tem crista ervilha baixa e bico curto e grosso. O mercado para este tipo de ave vem crescendo para o uso ornamental ou para plantéis comerciais e a indicação é pelo cruzamento do índio gigante com galinhas de raças europeias.

“A qualidade de carne que um índio gigante coloca no seu cruzamento é uma coisa absurda. É como comer um frango caipira, só que com um tamanho avantajado”, disse Poliselli.

Segundo o criatório de Jaguariúna onde vive o galo voodoo, já chegaram propostas de até R$ 200 mil pelo animal, mas os donos não querem vender. Para eles, a ave não tem preço, pois vai dar mais lucro no futuro com seus filhotes.

O criatório vende filhos do voodoo e de outros galos e galinhas da raça. O local já tem tradição em fazer campões e recordistas da raça. O sucesso é tanto que chegam até propostas de outros países e haroldo conta que poderia ter exportado o avô do voodoo, o galo pajé, mas ainda não é permitido exportar esse tipo de ave.

“Um sheik me ligou de Dubai querendo comprar o Pajé e, se tivesse o protocolo, venderia para o mundo inteiro”, disse.