Exportações de milho e soja crescem em maio

O País exportou 310 mil toneladas do cereal, ante apenas 26,7 mil toneladas em maio de 2016, faturando US$ 53,2 milhões 

Fonte: Montagem/Canal Rural

O Brasil faturou expressivos 922,3% mais com os embarques externos de milho em maio em relação a igual mês do ano passado. Em volume, o avanço também foi contundente, de 1.006,5%, no período. O País exportou 310 mil toneladas do cereal no mês passado (ante apenas 26,7 mil toneladas em maio de 2016), faturando US$ 53,2 milhões – em maio de 2016, a renda com vendas externas alcançou US$ 5 milhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 1, pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Já desde o mês de abril os preços internos do milho começavam a se aproximar da paridade de exportação, ficando mais interessante para o agricultor escoar a safra via tradings do que no mercado interno, onde os preços vêm caindo em função de safras volumosas de verão e de inverno.

A exportação também foi maior em maio de 2017 em relação ao mês imediatamente anterior. Em abril, foram vendidas 154,7 mil toneladas, com faturamento de US$ 27,1 milhões. Assim, o País embarcou no mês passado 63,9% mais milho ante abril de 2017 e faturou 60,6% mais.

O preço médio do milho exportado em maio foi de US$ 171,60 a tonelada, ante US$ 185,70 a tonelada em maio do ano passado e de US$ 175 a tonelada em abril deste ano.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano as exportações de milho somam 2,645 milhões de toneladas, 78,4% menos que os 12,249 milhões de toneladas embarcadas nos cinco primeiros meses de 2016, quando preços atrativos e demanda aquecida estimularam os embarques do produto brasileiro.

A receita no período somou US$ 453,2 milhões, 77,75% menos que a receita de US$ 2,028 bilhões registrada nos cinco primeiros meses do ano passado. 

Complexo soja

As exportações brasileiras do complexo soja somaram 12,702 milhões de toneladas em maio, com receita de US$ 4,713 bilhões. Em relação a igual período de 2016, o aumento foi de 5,6% em volume e 7,5% em receita. Já ante abril, houve incremento de 6,5% em volume e 3,8% em receita.

A retirada da soja do campo começou mais cedo no Brasil este ano em comparação ao ano passado e, por isso, os embarques têm ocorrido com mais rapidez. Apesar disso, produtores continuam postergando as vendas na intenção de obter preços mais altos, o que tem limitado o avanço das exportações.

No acumulado do ano, as vendas externas do complexo soja somam 41,540 milhões de toneladas e US$ 15,962 bilhões. Nos cinco primeiros meses de 2016, o Brasil havia embarcado 38,162 milhões de toneladas e US$ 13,528 bilhões.

As exportações de soja em grão somaram 10,959 milhões de toneladas em maio. Na comparação com igual período de 2016, quando foram embarcados 9,915 milhões de toneladas, o aumento foi de 5,5%. A receita com as vendas externas do grão atingiu US$ 4,063 bilhões, incremento de 7,7% em relação a maio do ano passado (US$ 3,6 bilhões). Na comparação com abril, as exportações aumentaram 5,05% em volume e 2,9% em receita. O preço médio do produto exportado foi de US$ 370,80/tonelada, ante US$ 378,50/t em abril e US$ 363,10/t em maio do ano passado.

No farelo de soja, o volume exportado somou 1,629 milhão de toneladas em maio, queda de 15,5% em relação a igual período de 2016, quando o Brasil enviou ao exterior 1,929 milhão de toneladas. Ante abril, o aumento foi de 22,6%. A receita de exportação em maio totalizou US$ 568,3 milhões. O valor significa queda de 14,1% em relação aos US$ 661,9 milhões obtidos em igual período de 2016. Em relação ao mês passado, houve aumento de 20,9%.

Já de óleo de soja, as exportações em maio somaram 112,6 mil toneladas, recuo de 36,7% em relação a igual mês de 2016, quando os embarques haviam totalizado 178 mil toneladas. Em relação a abril, a queda foi de 33,2%. A receita referente às vendas externas somou US$ 82,3 milhões em maio. O recuo foi de 33,5% ante igual período do ano passado, quando os recursos obtidos com a exportação haviam totalizado US$ 123,7 milhões. Na comparação com abril, houve queda de 33%.