Solo 'ruim' produz 200 sacas de milho por hectare

Conheça os cuidados necessários para tornar a terra mais fértil e melhorar a produtividade da cultura

O programa Mais Milho deste sábado, dia 24, mostrou uma propriedade que tinha tudo para ter uma produtividade muito menor. O solo de São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, é rico em alumínio, o que favorece a compactação. Mas o agricultor Disraelli Costa Beber não se deu por vencido e investiu pesado na correção, iniciando um trabalho de longo prazo com a utilização de calcário. “O calcário é fundamental para neutralizar o alumínio, é preciso repetir o mesmo procedimento no mínimo por três anos”,  afirma o produtor que não tem pressa para colher os resultados esperados.

Foi assim quando implementou a irrigação nos mil hectares de milho, mudando para sempre a realidade na fazenda. Ano a ano, a produtividade começou a aumentar e hoje passa de 200 sacas por hectare. As condições que Disarelli foi criando no ambiente produtivo se mostraram fundamentais para o cultivo que virou a grande marca da fazenda. Dos mil hectares plantados de milho, 400 são destinados à produção de sementes. “Hoje conseguimos produzir uma semente de qualidade reconhecida no mercado”, afirma o produtor.

Quanto ao futuro do agronegócio, Disraelli Costa Beber é otimista: “Há 20 anos, o pessoal queria produzir milho e eu achava que não seria rentável. Eu estava errado. Há 10 anos eu tinha certeza que o milho não seria absorvido no mercado e eu também estava errado. Hoje em dia, a produção vinda do Centro-Oeste é gigante, eu às vezes duvido que seja toda absorvida, mas provavelmente estou errado de novo”, se diverte o bem humorado produtor.