Produtores rurais de Mato Grosso podem deixar atividade com cobrança de ICMS

Famato e Aprosoja divulgaram comunicado contra o recolhimento de imposto na comercialização de grãos para fora do estado. Cobrança poderia representar perda de R$ 2 bilhões aos agricultores

Fonte: Jecson Schmitt/Arquivo Pessoal

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) se posicionaram nesta segunda, dia 23, em carta aberta aos mato-grossenses, contra a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

No anúncio, as duas entidades afirmam que o maior desafio do setor é a gestão pública e que aumentar os impostos traz perdas sociais. Outro ponto abordado é o prejuízo em outros segmentos da economia do estado, como comércio, rede de serviços e indústria.

Segundo o presidente da Famato, Rui Prado, em entrevista ao Mercado & Companhia segunda edição, desta segunda, a cobrança de 9% pode significar a perda de R$ 2 bilhões aos produtores do estado. Ele reforça que o agronegócio representa mais de 50% do ICMS do estado e que não faz sentido onerar o produto originado lá, já que o frete é um dos mais caros do país.

Prado finaliza dizendo que essa cobrança vai de encontro com a Lei Kandir e pode diminuir a atividade econômica da região.