As vendas de soja na safra 2015/2016 no Brasil continuam em patamares históricos. De acordo com a consultoria Granoeste, cerca de 80% do volume já foi comercializado, número acima da média para o período, que é de 75%.
Segundo o analista da empresa Camilo Motte, o produtor brasileiro participou dessa comercialização de forma bastante intensa, até mesmo antes do início do plantio. Muitos produtores teriam aproveitado os momentos de alta do grão para se capitalizar. “Temos, se não um recorde nas vendas, um dos anos em que o produtor brasileiro mais se adiantou com a comercialização”, afirma.
Para os próximos meses, segundo ele, a expectativa é de alta para os preços da soja. Além do quadro apertado de oferta e demanda mundial, o chamado “mercado climático” deve seguir ditando as cotações em Chicago.
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“Há uma perspectiva muito séria de que as lavouras americanas vão sofrer algum impacto climático este ano. Estamos vendo cada vez mais a configuração de um La Niña, e percebemos uma mudança no padrão meteorológico. O mercado está começando a colocar de forma mais gradativa um prêmio de risco nos preços”, explica Motter.
O analista de mercado afirma ainda que o produtor que tiver o grão em mãos poderá conseguir boas remunerações, se souber aproveitar os momentos certos. “O agricultor está especulando com os lotes remanescentes de soja e ele sabe que, até o fim do ano, a possibilidade de os preços estarem acima da paridade internacional é alta”.
