Café conilon tem recorde e tendência é de alta

Grão atingiu maior valor da história na reta final da colheita e entressafra promete preços ainda maiores

Fonte: divulgação

O preço do café conilon registrou preços recordes em Vitória, no Espírito Santo, na última quinta-feira, dia 28. A saca de 60 kg do grão variou entre R$ 415 e R$ 420, e a consultoria Safras & Mercado acredita em novas altas nas próximas semanas. No pregão desta sexta, dia 29, houve leve queda na cotação, mas o analista Gil Barabach argumenta que a pressão de alta está ocorrendo no momento final da colheita e que até a próxima safra a escassez do produto só vai aumentar.
 
“A indústria encontrou dificuldades no beneficiamento do café e o produto está em falta no mercado. Tivemos uma quebra de safra muito forte no Espírito Santo e Rondônia, segundo maior produtor nacional, diminuiu os investimentos. No exterior, a quebra de safra de outros dois grandes produtores, como Indonésia e Vietnã, também está influenciando e obriga a indústria a buscar um café arábica de menor qualidade para compor o blend [mistura de cafés para montar o produto final]”, afirma.
 
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Setembro/16: 146,20 (+4,05 pontos)
Março/17: 152,40 (+4,10 pontos)
 
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Setembro/16: 1848,00 (+35,00 dólares)
Novembro/16: 1871,00 (+34,00 dólares)
 
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 500-510
Arábica/bebida boa –  Cerrado de MG: 505-515
Arábica/rio tipo 7 –  Zona da Mata de MG: 415-420
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 412-415
 
Soja
 
Os preços da soja subiram no mercado brasileiro, acompanhando a alta registrada em Chicago. Mas a queda do dólar atrapalhou a movimentação e não houve registro de negócios mais expressivos, aponta a Safras & Mercado.
 
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira em alta.  Os sinais de demanda firme pela soja americana ajudaram a sustentar os contratos, em meio à queda do dólar frente a outras moedas. O clima continua no radar dos operadores de mercado.
 
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Novembro/16: 10,03 (+25,00 centavos)
Janeiro/17: 10,03 (+24,50 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 78,50
Cascavel (PR): 80,00
Rondonópolis (MT): 77,00
Dourados (MS): 73,00
Porto de Paranaguá (PR): 86,00
Porto de Rio Grande (RS): 83,00
 
Milho

 
O mercado brasileiro de milho apresentou bom ritmo de negócios ao longo desta semana, e manteve preços firmes nesta sexta. A oferta segue restrita, o que garante boa sustentação às cotações.
 
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações desta semana com preços mais altos. Na última sessão de julho, o cereal tentou amenizar as perdas registradas ao longo do mês buscando suporte na fraqueza do dólar frente a outras moedas correntes, como o euro, fator que eleva a competitividade das commodities norte-americanas no cenário internacional.
 
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Setembro/16: 3,34 (+3,25 centavos)
Maio/17: 3,57 (+4,00 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 53,00-55,00
Paraná: 45,00
Campinas (SP): 49,50
Mato Grosso: 33,00-40,00
Porto de Santos (SP): 36,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00
 
Dólar e Bovespa
 

O dólar acumulou alta em julho de 0,98%, mas o pregão desta sexta foi de queda para a moeda norte-americana. Desvalorização de 1,59%, cotada a R$ 3,242. O índice Bovespa subiu mais de 11% em julho, no maior patamar desde maio de 2015. O Ibovespa teve alta de 1,13%, aos 57.308 pontos.