Dólar fecha com queda de 0,28%, a R$ 3,11

Mercado está cauteloso, na expectativa de uma definição quanto à Grécia na zona do euro

Fonte: Agência Brasil/Divulgação

O pedido de ajuda do governo grego trouxe um pouco mais de tranquilidade aos mercados internacionais nesta terça, dia 30, e influenciou também o comportamento do dólar ante o real, que encerrou com queda de 0,28% a R$ 3,1100 para venda. 

Em junho, o dólar retraiu 2,41%. No trimestre, o recuo foi de 2,56%. No semestre, subiu 16,82%.

– O mercado ainda reagiu ao pedido da Grécia, com influência positiva externa e contágio no Brasil, levando a moeda a registrar essa queda – diz Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos.

Para Guilherme França Esquelbek, operador de câmbio da Correparti Corretora, o movimento de queda da moeda perdeu força, ficando mais próximo da estabilidade. 

– A falta de um desfecho para a crise na Grécia deixa incertezas ao mercado. Com isso a moeda americana fechou em leve queda – diz Esquelbek.

Para amanhã, a situação grega mantém a Europa no radar, com a moeda podendo reagir aos dados de atividade na zona do euro. Nos Estados Unidos, os números de criação de vagas no setor privado norte-americano devem ser o principal indicador a orientar o dólar, em dia de agenda doméstica fraca.

Ibovespa

O índice Ibovespa encerrou próximo da estabilidade, em alta de 0,13%, aos 53.080, pontos, com o mercado adotando uma postura de cautela antes de uma definição das negociações da Grécia com os credores da dívida. 

Em junho, o índice registrou alta de 0,60%, enquanto, no segundo trimestre do ano, o avanço foi de 3,77% e, no semestre, a valorização chegou a 6,14%. 

– No curto prazo, o mercado está esperando uma definição na Grécia, há alguma chance de definição ainda hoje. O problema foi precificado ontem, e como não tivemos nenhuma confirmação hoje, o mercado segue em compasso de espera – diz Fernando Góes, analista da Clear Corretora.

O atual programa de resgate da Grécia expira a meia-noite (19h de Brasília) e o governo grego propôs às instituições credoras um novo acordo de dois anos com o fundo de resgate da zona do euro (ESM, na sigla em inglês) para cobrir suas necessidades financeiras, em combinação com a reestruturação da dívida do país.