Plano Safra não é viável, avalia economista

Na avaliação de ex-diretor da Federação Brasileira de Bancos, anúncio de R$ 202,8 bi não levou em conta números essenciais para composição do crédito rural

Fonte: Marcos Santos/USP Imagens

O Plano Safra Empresarial 2016/2017 não tem fundamento técnico e nem econômico, a avaliação é do economista e ex-diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Ademiro Vian. Durante entrevista à segunda edição de Mercado & Companhia desta quarta, dia 4, o especialista aponta que anúncio foi apenas uma atualização de valores, sem novidades para o setor.

Segundo Vian, a cifra de R$ 202,8 bilhões é uma estimativa, já que precisam ser levados em conta os depósitos à vista e em poupança rural dos meses de maio e junho para a composição do crédito rural. No formato atual, ele acredita que o plano não é executável.

O economista também sentiu falta de pontos importantes, como a garantia de preços mínimos e a forma de captação das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e um balanço do Plano Safra anterior.

“O plano não traz novidades. É um motor velho em uma carcaça nova. Ele não é viável e vai sobrar para o novo ministro da Agricultura uma atualização deste plano”, afirma Vian.