Soja desvaloriza R$ 14 em menos de dois meses

Depois dos preços históricos registrados no começo de junho, grão continua a cair, desestimulando produtor a negociar

Fonte: Divulgação/Embrapa

O mercado brasileiro de soja teve mais um dia de preços entre estáveis e mais baixos, acompanhando o desempenho dos contratos futuros em Chicago. Mesmo com o dólar em alta, o produtor seguiu retraído, prejudicando a comercialização, aponta a consultoria Safras & Mercado.

No dia 3 de junho, a saca de soja no porto de Paranaguá (PR) chegou a R$ 98,50 no contrato de pronta entrega. Agora, o mesmo item está R$ 14 mais barato: R$ 84,50. Em compras futuras, o valor neste período chegou a R$ 101. Isso ajuda a explicar a saída dos produtores das negociações.

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira em baixa. Após um início de alta no pregão, os fracos números de exportação semanal dos Estados Unidos fizeram o mercado inverter mão e encerraram o dia no campo negativo.

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Novembro/16: 9,78 (-7,00 centavos)
Janeiro/17: 9,78 (-7,75 centavos)

Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 78,00
Cascavel (PR): 78,50
Rondonópolis (MT): 77,00
Dourados (MS): 72,00
Porto de Paranaguá (PR): 84,50
Porto de Rio Grande (RS): 82,00

Milho

O mercado brasileiro de milho apresentou melhor fluidez nos negócios no dia. Mas o que foi concretizado não envolveu grandes volumes. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, as vendas ocorreram de acordo com a necessidade, tanto da parte de vendedores quanto de compradores.

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fechou as operações para o milho com preços mais altos. O cereal cosolidou as perdas em meio ao fraco desempenho das vendas líquidas semanais, que ficaram abaixo do esperado pelo mercado. O bom quadro de desenvolvimento das lavouras no cinturão produtor também atuou como fator negativo para os preços.

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Setembro/16: 3,31 (-4,50 centavos)
Maio/17: 3,53 (-3,75 centavos)
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 53,00-55,00
Paraná: 45,00
Campinas (SP): 49,00-49,50
Mato Grosso: 35,00
Porto de Santos (SP): 35,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00

Café

O mercado físico brasileiro de café registrou preços pouco alterados nesta quinta-feira. O dia foi confuso nos negócios, com o vendedor retraído, enquanto o comprador esteve cauteloso. A alta do arábica em Nova York não estimulou mudanças significativas nas cotações, explica a consultoria Safras & Mercado. O café conilon no Espírito Santo superou o arábica vendido na Zona da Mata, fato incomum neste mercado.

Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Julho/16: 142,15 (+0,95 pontos)
Dezembro/16: 148,30 (+1,00 pontos)
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Setembro/16: 1813,00 (+9,00 dólares)
Novembro/16: 1837,00 (+13,00 dólares)

Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 500-510
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 510-515
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 415-420
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 420-425