Colheita de milho chega a 40% no Rio Grande do Sul

A cultura tem mantido boas produtividades nas regiões em que as condições meteorológicas têm sido mais favoráveis

Fonte: Renata Silva/ Embrapa Rondônia

A colheita de milho no Rio Grande do Sul teve impulso com o tempo seco, chegando a 40% em nível estadual, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Até o momento a cultura tem mantido boas produtividades, uma vez que a área já colhida se concentra basicamente na parte norte do estado, onde as condições meteorológicas têm sido bem mais favoráveis para a cultura. Também nas áreas destinadas à silagem os volumes obtidos são elevados, além de apresentarem excelente qualidade na maioria dos casos.

No sul do estado, a situação é contrária: com a falta de água para as plantas e na impossibilidade de conseguir colher o suficiente para empatar o valor empregado, alguns produtores optam por ceifar a lavoura e transformá-la em silagem. Mesmo assim, dadas as circunstâncias, a qualidade deixa a desejar.

Soja

Com a manutenção da umidade no solo nas áreas ao norte, a cultura segue apresentando bom potencial produtivo. Todavia, a umidade verificada não tem sido suficiente para algumas áreas onde o solo é mais raso e de baixa fertilidade. Nessas lavouras, o porte das plantas é visivelmente menor, assim como o potencial produtivo. De maneira geral, nessa parte do estado, o maior percentual da cultura (74%) encontra-se em estádio de enchimento de grãos com bom potencial produtivo, assim como o é para os 5% que se encaminham para o ponto de colheita. Estima-se que 1% do total da área desta safra já foi colhida; esse percentual é o esperado para o período.

Nessas áreas, concentradas no noroeste do estado, as produtividades obtidas nessas primeiras colheitas têm girado ao redor dos três mil quilos, com alguns casos ultrapassando os 3,6 mil quilos.

Durante a última semana foi possível observar, segundo técnicos, o aumento da incidência de ferrugem, embora sem comprometer seriamente a sanidade da cultura. Os produtores seguem realizando aplicação de fungicidas e monitorando o ataque de percevejos e ácaros. O preço médio da saca de 60 quilos pago ao produtor teve alta de 2,91% durante a semana, passando para R$ 66,78.