Embrapa lança o livro sobre cultivo do milho-doce

Uso da cultura vem crescendo no país e produto é facilmente encontrado em supermercados

Fonte: Pixabay/Divulgação

O livro “O cultivo do milho-doce” reúne informações que visam suprir os agricultores com técnicas modernas para o cultivo da cultura. O chefe-geral, Antônio Álvaro Corsetti Purcino, ressaltou que este livro é mais uma ação da Embrapa que contribui para a agricultura urbana.

“O milho-doce, além de ser de grande importância para a indústria de conservas alimentícias, é um produto hortifrutigranjeiro, podendo ser usado pela agricultura familiar e pelo segmento de hortas urbanas”, disse.

A obra tem 298 páginas, está dividida em 15 capítulos, escritos por 27 autores, e tem como editores técnicos os pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo Israel Alexandre Pereira Filho e Flávia França Teixeira.

O milho-doce está na categoria de milhos especiais, em razão de suas características genéticas serem diferentes das do milho commodity (milho grão). “O milho-doce ainda é caracterizado também como uma hortaliça, por causa do curto espaço de tempo que leva do plantio à colheita, cerca de 85 a 90 dias, quando as espigas estão com aproximadamente 80% de umidade”, afirmou o pesquisador Israel.

Segundo ele, o milho-doce verde diferencia-se do milho-verde normal pela concentração maior de açúcares. Enquanto o milho-verde normal tem em torno de 3% de açúcar e 60 a 70% de amido, o milho-doce tem de 9 a 14% de açúcar e de 30 a 35% de amido. A categoria superdoce tem mais açúcar que a doce, com o percentual em torno de 25%, e ao redor de 15 a 25% de amido. “Por causa das altas concentrações de açúcar e baixas de amido, o milho-doce não se presta para fazer curau, pamonha, bolo, por exemplo, porque não proporciona liga, em função do baixo teor do amido”, explicou Israel.

A pesquisadora Flávia França ressalta que o maior acúmulo de açúcar no grão do milho-doce é uma característica genética natural de alguns tipos de milhos, que por essa razão são considerados milhos especiais.

O uso do milho-doce in natura tem crescido recentemente. Segundo, Israel Filho, em algumas regiões do país, como São Paulo, já é encontrado nas gôndolas do supermercado o produto em bandejas, minimamente processado ou envasado em embalagens a vácuo, semicozido, para terminar o cozimento em micro-ondas. As sementes do milho-doce podem ser encontradas nas casas especializadas em vendas de sementes de milho e nas Centrais de Abastecimento dos Estados (Ceasas)”, informa o pesquisador.

Para conhecer o livro e seus autores, clique aqui e acesse a Livraria da Embrapa. A obra está sendo comercializada por R$ 25,00.