Neri Geller: governo reajusta preço mínimo do milho para R$ 16,50 a saca em MT e RO

Objetivo do governo é estimular a produção onde o preço mínimo é mais baixo que nas demais áreas produtoras do cereal; demanda do setor era por R$ 18 a saca

Fonte: VisualHunt/divulgação

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, reajustou o preço mínimo do milho em Mato Grosso e em Rondônia para R$ 16,50 a saca de 60 quilos na safra 2016/2017. Na atual ano-safra, que termina na quinta, dia 30, o preço mínimo era de R$ 13,65 a saca. O reajuste de 20,9% ainda depende do aval do Conselho Monetário Nacional (CMN).

O objetivo do governo é estimular a produção nos dois estados, onde o preço mínimo é mais baixo que nas demais áreas produtoras do cereal, o que faz com que a soja tenha preferência como cultivo de verão. A oleaginosa, além de ter custo de produção mais baixo, é opção mais rentável aos produtores. Na semana passada, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, informou que o Ministério da Fazenda propunha um preço mínimo entre R$ 15 e R$ 16 a saca, enquanto a demanda do setor era de R$ 18 a saca.

Segundo Geller, os preços mínimos do milho de outras regiões também serão reajustados, mas os valores serão informados nesta quarta, dia 29.

Nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, exceto Mato Grosso, o preço mínimo atual é de R$ 17,67 a saca. Na região Norte, exceto Rondônia e incluindo oeste da Bahia, sul do Maranhão e o estado do Piauí o valor é de R$ 21,60 a saca. Já para o Nordeste, exceto oeste da Bahia, sul do Maranhão e o estado do Piauí o preço mínimo do milho ainda vigente é de R$ 24,99 a saca.

Geller confirmou também que o preço mínimo da arroba do algodão para a safra 2016/2017 será R$ 59,80, ante R$ 54,90 no atual período, alta de 8,9%. Ainda segundo o secretário, os ministérios da Agricultura e da Fazenda assinaram nesta terça, dia 28, as portarias que regulamentam a política de crédito agrícola para a 2016/2017. Elas serão publicadas até quinta, dia anterior ao início do período. O Plano Agrícola e Pecuário prevê recursos de R$ 202,88 bilhões, com juros controlados em 8,5% e 12,75% ao ano.