Receita Federal não aceita isentar PIS/Cofins na importação de milho

Proposta agora é de redução temporária do imposto de importação para superar a crise no abastecimento do cereal. Estados Unidos é potencial fornecedor, segundo ministra Kátia Abreu

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, se reuniu na noite desta segunda-feira, dia 11, com o secretário da Receita Federal, Jorge Antônio Rachid, para tentar obter a isenção de PIS/Cofins na importação de milho. A proposta não foi aceita, pois seria preciso retirar a tributação também nos estados, o que representaria perda de receita. A ministra espera agora que a solução para facilitar a compra do cereal no exterior venha através da redução do imposto de importação.

Segundo Kátia Abreu, a sugestão é que isso seja aplicado para todos os países e que valha por, pelo menos, seis meses, para superar a crise no abastecimento de milho. “Nossa preocupação é com os preços dos alimentos, que podem subir muito, como frango, suíno. Estamos usando todos os instrumentos que o Ministério da Agricultura tem, como leilões, milho no balcão, estamos estimulando para a próxima safra, declaramos o seguro adiantado para estimular o plantio”, disse.

O Ministério da Fazenda deve responder a partir desta terça, dia 12. “Este imposto é regulatório, não está nas contas da Receita, não há perdas nem ganhos. Ele é manipulável, de acordo com interesse do país”, diz a ministra, que afirma que a ideia é abrir mão da tarifa que varia entre 8% e 10% sobre o milho apenas temporariamente, para reequilibrar o mercado De acordo com Kátia Abreu, os Estados Unidos seriam um potencial exportador de milho para o Brasil.