A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) publicou nesta quinta, dia 17, uma nota em que pede a imediata substituição do governo federal. “A nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil é um desrespeito à soberania nacional brasileira”, diz o texto.
A associação afirma que o Judiciário e o Legislativo têm importância fundamental, por serem “instâncias capazes de colocar em prática o processo de impeachment e de garantir as condições necessárias para a construção de um novo governo no país”.
A Aprosoja-MT afirma, ainda, que o processo de impeachment deve ser feito de forma rápida e dentro da legalidade. “Como representante legítima dos produtores de soja e milho de Mato Grosso, tornamos pública a necessidade urgente de imediata substituição do governo”, diz a Aprosoja-MT.
Notícias Relacionadas
A associação chamou representantes do setor produtivo para uma reunião de mobilização, na próxima segunda-feira, dia 21.
Aprosoja Brasil
No mesmo dia, a entidade que representa nacionalmente os produtores de soja também se manifestou. Em uma nota, a Aprosoja Brasil mostrou seu repúdio pela nomeação de Lula e entrou no coro do “clamor da sociedade” que pede o impeachment. Leia a íntegra do documento:
“A Associação Brasileira dos Produtores de Soja – Aprosoja Brasil – vem a público para manifestar sua profunda insatisfação com a indicação do ex-presidente Luiz Inácio da Silva para o cargo de ministro da Casa Civil. Trata-se de uma afronta a sociedade brasileira, que espera esclarecimento na justiça das denúncias e comprovações de evidencias de que Lula cometeu crime de lesa-pátria.
É ultrajante a ideia de que o governo conceda abrigo no cargo de ministro ao ex-presidente, dando-lhe foro privilegiado. Mas esta entidade fica ainda mais perplexa que a presidência da república considere Lula como uma “bala de prata” de sua gestão.
Ora, Lula se tornou um símbolo da corrupção e incompetência da esquerda populista de manter o país em um caminho de progresso, levando toda a pátria a beira da bancarrota.
Diante do exposto, manifestamos nossa desaprovação com a condução política que nos leva a este momento trágico para o Brasil e elevamos o clamor da sociedade para que o processo de impeachment prospere e chegue a cabo.
É a nossa posição como produtores e como cidadãos”
Brasília, 17 de Março de 2016
Almir Dalpasquale
Presidente
SRB
Em contato com a redação, Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) disse ser legítimo o recurso ao impeachment para tentar resolver a crise institucional do Brasil.
“Dilma não consegue captar o que queremos. Quem legitimou o impeachment foi o próprio governo federal com a nomeação de Lula à Casa Civil. No entanto, não existem soluções fáceis para o Brasil. O impeachment não é o estágio final desse processo de transformação. É só o início de uma batalha. A começar com mudanças na nossa cultura”, disse.
Bancada ruralista
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) publicou ontem uma deliberação pelo apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Os fundamentos políticos e econômicos nos mostram que essa crise será duradoura, caso não se estanque aqui e agora pelas vias legais de que dispõe o Estado Democrático de Direito”, diz a FPA.
Leia a íntegra da nota:
“Neste instante em que o nosso País vive uma grave crise política, econômica e social, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) vem a público manifestar o seu inconformismo e o irrestrito apoio às ações do Judiciário e do Congresso Nacional no sentido de apressar o rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A sociedade brasileira em geral e o segmento produtivo rural em particular não suportam mais conviver com esse palpável momento penoso e essa duradoura expectativa. Os fundamentos políticos e econômicos nos mostram que essa crise será duradoura, caso não se estanque aqui e agora pelas vias legais de que dispõe o Estado Democrático de Direito.
Hoje (16) reunida, a FPA deliberou favoravelmente pelo apoio formal ao impeachment da presidente Dilma diante das pressões vindas dos quatro cantos deste País. Afinal, não é mais tolerável tal cenário. A verdade é que a Nação não suporta mais essa vexatória situação.”
