CNA entrega a Temer lista com 10 sugestões para agropecuária brasileira

Entre as reivindicações apresentadas estava a de se criar facilidades para o produtor brasileiro nos processos ambientais

Fonte: Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente interino, Michel Temer, recebeu dos integrantes da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com quem se reuniu nesta quinta-feira (28), uma lista com dez sugestões de medidas para “garantir o crescimento e o fortalecimento da agropecuária brasileira”. A lista foi apresentada em um ato comemorativo pelo Dia do Agricultor, na Esplanada dos Ministérios, pouco antes do encontro com Temer.

Entre as reivindicações apresentadas estava a de se criar facilidades para o produtor brasileiro nos processos ambientais. “Isso é extremamente importante mas, veja bem: agora, com a entrada em vigor de uma portaria [do Ministério do Meio Ambiente] que até então estava suspensa, precisaremos de um licenciamento anual para plantar. Imagina isso: todo ano eu planto milho, mas ano que vem eu terei de renovar novamente essa licença. Isso burocratiza o processo. Para piorar, muitas vezes esse processo é delegado aos estados, e eles não têm celeridade nem gente preparada para que isso ocorra de forma muito rápida. E nós sabemos que tempo, clima e agricultura não esperam a boa vontade ou a falta de agilidade dos processos burocráticos”, argumentou o vice-presidente CNA, José Mário Schreiner.

Segundo ele, Michel Temer ficou “extremamente sensibilizado” com essa questão. “Vamos ter uma audiência com o ministro do Meio Ambiente, mas o presidente já se colocou de pronto e de forma solidária em relação a esse assunto”, acrescentou.

Outro ponto defendido pela CNA junto ao presidente interino foram os investimentos em infraestrutura, que segundo ele atravancam o setor. “Claro que têm sido feito investimentos, mas eles são tímidos perante a necessidade que o país tem. O produtor brasileiro gasta US$ 80 para escoar uma tonelada. O produtor norte-americano gasta US$ 16. Isso é perda de competitividade do setor produtivo rural”.