Cultura de oliva no RS e SP ganha zoneamento agrícola

 Somente no Rio Grande do Sul e em São Paulo, há 1.200 hectares de terra implantados com a cultura

Fonte: Pixabay

O primeiro Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) da cultura de oliva para os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta, dia 10. 
 
Nas portarias são apresentadas orientações aos produtores sobre municípios aptos ao plantio e ao período mais adequado à semeadura das lavouras. Para ter direito ao Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária), ao Proagro Mais (agricultura familiar) e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural, o produtor deve observar os indicativos desses normativos.
 
A oliveira (Olea europaea L.) é uma das plantas mais antigas cultivadas pelo homem e, devido aos benefícios que o consumo de azeite proporciona à saúde humana e pela sua comprovada eficácia na prevenção de enfermidades cardiovasculares, seu cultivo adquiriu especial relevância nos últimos anos.
 
Pertence à família botânica Oleaceae, que apresenta espécies distribuídas por várias regiões de clima temperado e subtropical do mundo.
 
Nos estados indicados no Zoneamento Agrícola, existem olivais em fase de produção, de beneficiamento de azeitonas e de embalagem de azeite. Dados recentes da Emater no Estado do Rio Grande do Sul e da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), mostram que, somente no Rio Grande do Sul e em São Paulo, há 1.200 hectares de terra implantados com a cultura. Sendo que ainda existem outros projetos de plantio no Rio Grande do Sul, de investidores brasileiros e estrangeiros, com áreas que chegam a atingir mais de 100 hectares em cada investimento.
 
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático é um instrumento auxiliar na gestão de riscos na agricultura. O estudo tem como objetivo reduzir os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos, já que permite ao produtor identificar o melhor período de semeadura das lavouras, nos diferentes tipos de solo e de ciclos de cultivares. A técnica é de fácil entendimento e adoção pelos produtores rurais, agentes financeiros e demais usuários.