Dólar sobe com cautela com greve dos caminhoneiros

Diante das incertezas, a tendência é que os investidores busquem proteção em relação ao câmbio

Fonte: Agência Brasil/Divulgação

O dólar opera na manhã desta sexta-feira, dia 25, com viés de alta, mantendo o clima de cautela adotado desde o pregão anterior diante das incertezas do mercado em relação à greve dos caminhoneiros, pelo quinto dia consecutivo, com impacto no abastecimento do país. Com a moeda ainda cotada no nível de R$ 3,65, a tendência é que os investidores busquem proteção, 
dizem os analistas.
 
O economista da Guide Investimentos, Ignacio Crespo, avalia que o acordo feito entre governo e caminhoneiros pode diminuir a tensão local. Porém, ainda é preciso monitorar como será o ressarcimento do subsídio do diesel e, antes disso, como se dará a normalização da situação no Brasil. Em relatório, Crespo ressalta que o assunto novamente será o influenciador do mercado, em dia de agenda esvaziada. 
 
Para os analistas da H.Commcor Corretora, a situação segue longe de um desfecho claro, mas a greve, ao que tudo indica, deve começar a se diluir, aliviando os receios do mercado em termos de impactos na atividade e impactos secundários, reforçam em comentário matinal. 
 
Nesta quinta, 24, o governo fechou acordo com representantes dos caminhoneiros para suspender a greve por 15 dias até que encontre novas alternativas para a redução no preço dos combustíveis. Os ministros da Fazenda, da Casa Civil e da Secretaria de Governo anunciaram que a Petrobras manterá a redução de 10% no preço do diesel por 30 dias. A petrolífera assumirá os custos da medida, estimado em R$ 350 milhões, por 15 dias e a União assumirá a despesa pelos outros 15 dias. 
 
Enquanto o cenário doméstico segue direcionando os rumos da moeda estrangeira no mercado local, lá fora, o clima é de relativa cautela, mas sem movimentos expressivos. Os mercados tiveram reação negativa ao anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelando o encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un em junho. “Ainda é um tema a se monitorar, e que gera volatilidade”, reforça Crespo. 
 
Às 10h06 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,13%, negociada a R$ 3,654 para venda, e operava em alta de 0,17%, a R$ 3,653 o contrato para junho, no mercado futuro.