Ministério da Agricultura exonera superintendente acusado de irregularidade no Rio Grande do Sul

Francisco Signor e o servidor Sérgio Luiz da Silva Sobrosa são demitidos pelo Mapa após Operação Semilla, da Polícia Federal

Fonte: AL-RS/Divulgação

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou na manhã desta quinta, dia 14, a exoneração do superintendente do ministério no Rio Grande do Sul, Francisco Signor, e do servidor Sérgio Luiz da Silva Sobrosa. Os dois são investigados pela Polícia Federal por organizar um grupo dentro da Superintendência do Mapa no estado, que oferecia facilidades em fiscalização e diminuição de multas para agroindústrias do estado.

As demissões foram divulgadas no Diário Oficial da União (DOU) e cumprem decisão do juiz federal José Paulo Baltazar, da 11ª vara Federal de Porto Alegre, após a deflagração da Operação Semilla, que denunciou irregularidades dentro da Superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul. Vale destacar que Francisco Signor estava no cargo há 12 anos.

Assume a Superintendência do Mapa-RS o médico veterinário José Euclides Vieira Severo, que era superintendente substituto. Severo disse ao Canal Rural que não vai se manifestar no momento até se atualizar da situação. O Ministério da Agricultura não confirmou se ele permanecerá em definitivo.

O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), que, no passado, havia se posicionado contra a presença de Francisco Signor no comando da Superintendência, disse, em nota, que apoia as investigações da Polícia Federal.

– A operação favorece a execução das atividades dos fiscais federais agropecuários, que prezam pela realização de um trabalho de excelência em prol da saúde e da segurança alimentar da população brasileira – afirma a entidade.

Na operação dessa quarta, dia 13, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União realizaram busca e apreensão em três municípios gaúchos e levou Signor, Sobrosa, a ex-servidora Elidiana Maróstica e o marido para prestarem depoimento. Mais de R$ 100 mil em espécie, computadores e documentos foram retidos pela PF.