MST mantém 15 unidades do Incra invadidas e ocupa área de Eike Batista

Ações fazem parte de estratégia do movimento para pressionar governo para a retomada da pauta de assentamentos 

Fonte: MST/divulgação

Desde a última segunda-feira, dia 17, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) mantém invadidas 14 superintendências regionais e a sede em Brasília do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Além disso, integrantes do movimento ocuparam nesta quinta-feira, dia 19, uma área em São João da Barra (RJ) que integraria a massa falida do empresário Eike Batista.

As ações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, e têm a intenção de fazer pressão para a retomada da pauta de assentamentos no país. De acordo com o MST, é necessária a aquisição de terras para as mais de 120 mil famílias acampadas e um projeto de desenvolvimento para os atuais assentamentos, que contemple o acesso a infraestruturas. Durante a jornada, também são realizados bloqueios de rodovias e ferrovias e marchas em capitais.

As superintendências invadidas do Incra estão nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, Sergipe, Piauí, Maranhão, Alagoas, Ceará, Paraná, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina, Sergipe, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, além da sede, no Distrito Federal.

Em Minas Gerais, o MST bloqueou as rodovias federais BR-381, BR-050 e BR-262. Também promoveu a liberação do pedágio da BR-040 e impediu a movimentação de trens na ferrovia que carrega minério da empresa Vale.

O movimento prevê um encontro com o presidente do Incra,  Leonardo Góes, com a intenção de destravar as aquisições de terras e  criação de assentamentos, além de reuniões nos ministérios da Educação e das Cidades, para tratar das pautas de desenvolvimento dos assentamentos, habitação e educação do campo.