A perspectiva para a pecuária brasileira é de recuperação neste segundo semestre, na visão da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon). “Temos o impeachment (da presidente Dilma Rousseff, em análise no Senado), que deve atrair novos investimentos, e a abertura do mercado (para a carne bovina in natura do Brasil) dos Estados Unidos. Daqui para frente os momentos serão menos duros para o mercado”, disse o diretor institucional da instituição, Márcio Caparroz.
Segundo ele, a associação deve divulgar em setembro novas projeções sobre a atividade de confinamento no país.
Caparroz espera que as exportações brasileiras ganhem impulso com a abertura do mercado norte-americano. “O consumo de carne bovina lá nos EUA aumentou cerca de 5% no primeiro semestre deste ano”, afirmou durante evento de inauguração da sede da Assocon em São Paulo.
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O presidente do conselho da associação, Fernando Saltão, disse que o trabalho feito pela entidade para ampliar o mercado para o produto do Brasil inclui a liberação da Cota 481, que isenta de taxas cortes de alta qualidade destinados à União Europeia.
O Ministério da Agricultura validou o protocolo de acesso à esta cota em junho, por meio de um documento elaborado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Assocon e Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A Cota 481 prevê, entre outros pontos, a comercialização de carne bovina de animais terminados em confinamento, com até 30 meses de idade.
A inauguração da sede da Assocon em São Paulo marca uma nova etapa da entidade. Até então voltada exclusivamente aos confinadores, a Assocon pretende ampliar sua representatividade, atraindo outros segmentos da pecuária de corte, para o “bem comum”, nas palavras de Saltão. No próximo dia 19 de setembro, a Assocon fará eleição para substituir Eduardo Moura na presidência. O pecuarista Alberto Pessina concorre em chapa única.
